Ele era o príncipe maquiavélico que todos temiam no fim do dia. Um homem corrompido pelo aroma fúnebre da morte, com toque mortal que sugava a luz dos mais santos. Seus passos eram machados de fogo, lágrimas e sangue.
A escuridão estava por toda a...
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Tocá-lo era como perceber que tudo que você sempre quis Estava bem ali na sua frente Memorizá-lo foi tão fácil como saber todas as palavras Da sua velha música favorita
Red
— Se isso não for uma declaração de amor, que um raio caia na casa de alguém.
— Não deveria ser na sua casa?
— Por acaso não somos mais amigas?
Jude jamais deixaria de convidar Alina para aquela mega inauguração. Muitos portais de noticiais estavam transbordando elogios com o novo empreendimento de Charles. Pegou todos de surpresa, inclusive ela. Não imaginava que aquele seria seu presente de casamento, e sinceramente ficou sem saber como retribuir a altura, pois parecia mais uma homenagem do que qualquer outra coisa.
Charles deu vida a sua própria fabricação de sorvete. Porque ela amava sorvete. E o sabor de baunilha era a estrela. Alina ficou toda risadinha com o dono, conseguindo desvendar tudo.
Vanillove era um sucesso!
— Com certeza declaração de amor! – repetiu levando mais uma colherada até os lábios. Ela provou todos os sabores, parando apenas para amamentar.
Parecia mentira que eles conseguiram terminar aquele ano de maneira positiva. Não houve campeonato para Charles, mas ele não parecia se importar tanto assim, e estava quase disposto a pedir desculpas a Max. A qualquer momento ele diria. Faltava pouco. Talvez alguns meses. Anos. Jude torcia para ser breve. Ele não desistiu de manter sua pirâmide de crimes, mas mudou de ideia sobre usar outra pessoa para se livrar dos impostos. Podia dizer que ele era quase uma pessoa melhor.
Aquele foi o primeiro natal que Jude decorou como queria a casa, e Charles cortou uma árvore, sozinho. Pierre auxiliou mantendo o celular por perto caso precisasse chamar ajuda. Os três dividiram a tarefa para que tudo ficasse perfeito, mas nem tão perfeito assim. Natais era a data festiva favorita de Leo.
Eles estiveram juntos no jardim de casa vendo a queima de fogos, despedindo-se de um ano louco e emocionante. Fora naquele momento que Charles lhe deu um anel de casamento verdadeiro, feito com cabelo. Um diamante lapidado para competir com a beleza do céu ao anoitecer.
— Quero que esteja perto de tudo que eu amo, porque você é dona do meu coração.
— Isso é nojento! – Pierre fez uma careta – Diamante feito de cabelo é nojento!
Ela amou.
Mais tarde ele lhe disse quem eram aqueles que ela carregava com tanto orgulho no dedo anelar.
O pai de Charles. Sua inspiração, Jules. O melhor amigo, Tonio. Seu irmão escolhido, Pierre. Os poucos fios de cabelo que conseguiu dos seus filhos. O dele, é claro. Por fim, o cabelo de Judith.
