Capítulo 24

212 30 3
                                    




Se sou um pagão dos bons temposMinha amada é a luz do solE para manter a deusa ao meu ladoEla exige um sacrifícioDrene todo o mar, pegue algo brilhante

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Se sou um pagão dos bons tempos
Minha amada é a luz do sol
E para manter a deusa ao meu lado
Ela exige um sacrifício
Drene todo o mar, pegue algo brilhante

Take me to church




— Precisamos comprar tudo o que um cachorro precisa. – Jude o avisou na mesa do café da manhã, tirando o apetite de Charles.

— O que um cachorro precisa além de ração e um pano pra dormir?

— Coisas básicas como bichinhos fofos, roupas, uma mini cama e talvez produtos de higiene.

— Isso me parece meio absurdo, Judith!

— Vai negar o básico para ele? – ergueu o animal até que estivesse com o focinho dez centímetros de distancia do rosto do monegasco, obrigando-o a sentir o estranho aroma de carne.

— Por que ele tem olhos tão grandes?

— Não gosto dessa história! – abraçou o filhote, tentando protege-lo de um ataque inexistente.

— É só uma pergunta, não vou comer seu cão no jantar.

— Desculpe, mas existe uma grande desconfiança entre nós e eu não gosto disso, nem mesmo o Leo.

— Céus, parece que transformei meu irmão doente em um cão e agora o crio dentro da minha casa! É quase como um pesadelo infantil sem fundamentos sólidos, usado somente para aterrorizar e dramatizar!

— Não o chame de pesadelo.

— A veterinária me garantiu que ele era dócil, não sei mais se fiz um bom trabalho.

— Vamos até a veterinária saber o que ele precisa!

— Não, ele não precisa de mais nada!

— Vamos, Charles! – insistiu impaciente – Caso contrário, irei com a Alina, e você sabe como ela é.

O monegasco olhou para o prato meio cheio de pedaços de frutas e grãos. Ele precisava seguir a risca a dieta para o campeonato, apesar de saber que não ganharia nada naquele ano graças à equipe. Não que fosse da conta de todos, mas estava disposto a sacrificar Fred Vasseur da mesma maneira que fez com Carlos Sainz. Era um novo movimento muito perigoso, que certamente o levaria para maus lençóis, mas precisava ser feito.

Odiaria ter que se estressar com Alina Castle nos primeiros horários do dia, logo depois de um sexo incrível. Ela era um tipo de salvadora dos animais, que frequentemente fazia vídeos em prol da vida marinha e dos animais domésticos maltratados por seus tutores. Charles achava que ela precisava ser uma mãe melhor, e não se meter na vida alheia. O mundo possuía um ciclo precioso, por isso uma mortal não deveria se meter.

Anti-Hero ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora