Aire

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Eu estava cansado de tudo, eu estava cansado de ouvir meu pai brigando comigo falando que patinação é coisa de mulher e eu não aguento mais revirar os olhos e fingir que eu não me importo com suas opiniões. Seis vezes campeão mundial, mas de quarenta medalhas de ouro nada para ele é o suficiente talvez ele realmente espere que eu viva uma vida igual ele em um escritório fechado sem viver seus reais sonhos. 

Eu não sou isso, eu não sou assim. 

Eu não vou deixar de viver o que quero ou viver meus sonhos por causa dele já fui emancipado desde cedo para não ter que lidar com ele e me humilhar com suas autorizações para ir aos locais. Eu decidi ir com ele e alguns amigos no jogo do Los Angeles Lakers eu estava na cidade depois de um tempo fora, a minha parceira acabou se machucando e não poderá mais competir, e então eu preciso de outra e nada melhor doque a encontrar na minha cidade natal. Eu nasci aqui e treinei muitos anos no ginásio, mas com muitos ganhos ganhei muitos patrocinadores com isso eles também mandaram mais patrocinadores quanto mais eu ganhava mais dinheiro eles ganhavam e mais valor caia na minha conta eu estava satisfeito com isso.

Mas as vezes ter três treinadores e duro, a Moly mal aguentava muitas vezes até chorava a noite,  eles pegavam pesado eu já me acostumei, não ligava. Antes de encontrar meu pai e meus tios no bar decidi ir patinar no lago próximo rever quem sabe alguns amigos poucos sabem que eu estou já na cidade e faço o máximo para ser bem discreto eu estava um turbilhão com os patrocinadores exigindo logo uma parceira e então tive a ideia de pedir três meses de preparação para as meninas e por fim, consegui a sorte na época de ter três meses livres com treinamentos moderados já que eu patinava em dupla. Coloquei meus patins e fui por de trás do lago, ia patinar sozinho respirar um pouco e quando estava estacionando o carro eu vi cabelos lindos e ruivos se aproximando de onde eu iria, a princípio pensei que era uma fã que descobriu que eu estava na cidade outrora vi que não. 

Ela era tão pequena que confesso que parecia uma criança de longe, seus cabelos vermelhos escuros estavam amarrados no alto da sua cabeça e conforme ela dançava o vento a mexia e por fim decidi ir até lá. Vê-la pessoalmente pude ver a perfeita criação de Deus, seus olhos azuis bem claros sua pele branca e vermelha por estar me vendo, quando eu dancei com ela eu me encontrei eu me tornei eu ali sem pressão sem cansaço.

 Eu não me sentia assim com Maya. 

Eu deveria ter contato para ela quem eu era, mas por algum motivo eu não contei, só queria mostrar para ela quem eu era eu queria dar o melhor de mim para ela sem hesitação não ter medo de falar que eu não gosto de brócolis e ela rir e dizer que também não eu me encontrei nos seus braços e a queria. Então eu me esforcei dei tudo de mim para ensinar a ela tudo o que sei para que ela conseguisse ser minha dupla mesmo que ela se magoe.

 Agora ela está do lado das duas meninas que fiz questão de pôr defeitos, mas ela não me olha seu rosto ainda está vermelho ela estava chateada comigo.

— Está claro que na história da patinação do gelo nunca foi visto um Axel de quatro giros.– Minha treinadora falou. – Eu voto na senhorita Thompson a muita coisa ser ajustada como elasticidade e postura, mas sei que é moldável.

— Eu concordo. – Os patrocinadores falaram.

— Aire? Você dá a voz final. – A outra treinadora me olhou.

E eu olhei para os olhos de Wave ela estava tão triste comigo, eu espero que ela me perdoe por ter mentido para ela e por ter que colocar ela nisso.

— A senhorita Thompson. – A olhei, seus olhos não tinham felicidade havia confusão em seu olhar.

— Senhorita Thompson, está decidido os treinamentos começaram amanhã estamos treinando de noite a partir das nove da noite aqui no ginásio. – A minha treinadora falou comigo. – Alya advogada esportiva do Aire entrara em contato para seguir os tramites processuais. Vi sua cara ficar mais abatida ainda.

— Obrigada. – Wave saiu pelo corredor andando até mesmo sem proteção nos pés e então esperei alguns minutos e fui atrás dela sem que percebessem. Corri pelo corredor e vi que ela estava descendo as escadas de incêndio.

— Wave? – A gritei, mas ela bateu à porta.

Desci as escadas e tirei os patins e vi ela sentada no chão tirando com força e me cheguei até ela.

— Posso explicar. 

— O que? Que me fez de besta? – Me encarou. – Como pode brincar com os meus sentimentos desse jeito? -  Sentei- me do seu lado e vi que ela me encarava mais ainda, ela não cedia. Sua maquiagem estava pesada demais, mas ainda assim ela estava linda. A roupa rosa que ela usava marcava sua perfeita curva tão pequena e meiga, a menina mais linda que conheci.

— Quando nos conhecemos eu estava cansado de todas as coisas, estava cansado dos meus treinadores do meu pai da minha casa de tudo eu só queria ir para um lugar onde eu pudesse ser eu mesmo e patinar tranquilamente sem ninguém gritando comigo pedindo perfeição para mim eu só fui. Quando cheguei perto vi você dançando pensei que era uma fã que descobriu que eu estava na cidade, e então quando apareci para você, você nem sabia que eu era e eu pude ser eu de verdade. Eu menti sim quem eu sou para você, mas foi por medo até porque quando você ouviu sobre o nome Aire disse que não se importava.

— Mentiu em tudo também? – Me olhou chorosa.

— Não, quando eu estava com você eu era eu e continuarei sendo nada vai mudar quer dizer algumas coisas sim, mas poderemos continuar sendo nós dois se você quiser. – Segurei nas suas mãos.

— Preciso assimilar tudo. – Levantou-se. – E agora meu tio vai querer agradecer quem me treinou, e se ele souber que você é você ele vai pensar que eu estava mentindo.

— Ninguém pode saber Wave. – Levantei-me. – As duplas não podem namorar é contra as regras, somos afastados das competições sem falar que os nossos treinadores vão nos matar se quisermos continuar isso que começamos a três meses precisa ser em segredo.

— Eu realmente preciso assimilar tudo. – Foi subindo as escadas.

— Posso ir pular sua janela de noite? – A olhei.

— Se eu falar que não eu vou mentir. – Saiu do meu campo de visão.

Eu fui me trocar e logo após tive algumas reuniões com treinadores eu precisava estar ciente sobre muitas coisas e a maior delas e participar das danças com a Wave eles acharam que tivemos química, mas queriam trabalhar isso mais em nós então colocou para fazermos algumas aulas logo após que elas viram o vídeo de Wave eles tiveram ideia de trabalhar no marketing comigo e ela para tirarem a visão de Maya da mente deles e  logo marcaram nas semanas seguintes sessões de fotos. A primeira para anunciar nossa dupla foi umas fotos no lago onde o vídeo foi gravado, a Wave estava com um vestido branco marcando suas curvas que voavam seu cabelo estava solto e notei que ele batia em seu quadril ele era meio cheio não liso reto então combinavam perfeitamente não havia conversado direito essas semanas ela fez questão de me evitar.

Wave - Patinação no GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora