Wave - Patinação no Gelo

Wave

Esse capitulo fala sobre aborto, mas não quer dizer que essa escritora apoia.

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Aire nos tornamos um ao som de Adele, eu não senti medo eu estava sendo segurada em seus braços e me sentia confiante no que estava fazendo. Doeu? Claro. Viu o tamanho dele? 

Mas permaneci calma e tentando deixar com que tudo aquilo fosse bem mais sobre sintonia e amor do que o próprio ato. 

Nós não queríamos falar nada nenhum de nós dois queria acabar com aquele clima tão suave que estava entre nós nem se eu pudesse escrever um livro essa cena com milhares de detalhes seria o suficiente para falar como me senti nesse momento, como ele fez eu me sentir eu e ao mesmo tempo tão viva e como se dentro de mim acendesse algo que eu não sabia que existia era como se meu corpo esperasse por esse momento com ele. O nosso ato carnal que nós ligáramos para a vida toda e tudo bem posso conviver com a vida sabendo que eu fui dele e ele foi meu por uma noite ou talvez a primeira de muitas outras noites.  A nossa viagem para Paris não poderia ter sido melhor, eu e o Aire nós entregamos o nosso amor todos os dias nós mal saiamos do quarto as vezes só para jantar com meu tio, ainda dói as vezes, mas a maioria se torna tão confortante que nenhuma outra coisa importa. O Aire e carinhoso comigo sempre se preocupa e eu me sinto confiante todas as vezes. 

Já voltamos para nossa rotina louca, finalmente eu havia feito meus tão sonhados dezoito anos e meu tio se tornou mais aberto para mim em algumas coisas, mas ainda não abre mão da porta aberta do meu quarto quando o Aire vai nós o visitar ainda não deixou com que eu dormisse no hotel que Aire está morando por esses dias, mas tudo bem nós sempre dávamos um jeito para a gente. Nós dedicamos bem mais do que os outros ensaios, estávamos bem mais conectados e ganhando cada vez mais espaço no meio e principalmente a fama nos acompanhou com isso.

 Eu tinha vários fãs e era esquisito saber lidar, nas regionais dançamos uma música antiga e passamos em primeiro lugar, comemoramos a noite toda lá em casa com pizza e então começou a preparação para as Olimpíadas.

— Quando viaja para Tóquio? – Alya perguntou. – O casamento está marcado para semana que vem.

— Acredito que daqui duas semanas o John não me falou nada ainda. – Respondi sincera.

— Se sentirá confortável em saber que semana que vem vou morar aqui? – Me perguntou sincera enquanto cortava uma banana.

— Sim, é sua casa. – Respondi sincera e então começou a me dar enjoo o cheiro da banana.

 — O que tem nessa banana? Está me dando um grande enjoo.

— Nada é só banana. – Respondeu sincera.

E então depois de alguns segundos ela me olhou.

— Vocês se cuidaram? – Perguntou depois de um tempo.

— Sim. – Respondi. – Estou fazendo acompanhamento médico, Kathy foi comigo.

— Tudo bem, se precisar saber que pode contar comigo.

As semanas se passaram voando e logo estávamos dentro do avião para Tóquio. 

Estava nossos treinadores alguns patrocinadores e mais outros patinadores dentro do avião, eu estava muito enjoada e com um sono que não sabia de onde estava vindo era um voo muito longo com fuso horário confuso estava completamente agoniada ainda mais porque os outros patinadores estavam falando muito alto. Eu e o Aire estava com blusa e com a calça dos patrocinadores com nosso nome e a cor da nossa bandeira encostei na cadeira e fechei meus olhos.

— Tudo bem? – Sussurrou Aire.

— Estou muito enjoada.

— Quer um remédio? – Me olhou e eu confirmei.

Tomei um remédio de enjoo e dormi o voo todo, quando chegamos havia câmeras para tudo que é lado em nós e nos outros os quartos eram separados em ala mulheres de um lado e homens do outro eu fiquei no quarto com uma russa e a Kathy, eu não sabia falar seu idioma e nem ela o meu então cada um ficou em silencio. Quando eu não estava treinando eu estava vomitando e quando não estava tentando advinha o que a russa falava no telefone eu falava sobre a patinação com Kathy que estava lá também.

— Estou enjoada e muito tonta. – Assumi para a Kathy. – E temos que patinar amanhã.

— Não acha que está ruim a muito tempo? – Perguntou curiosa.

— Não, deve ser ansiedade.

— Não acho que seja... – Me olhou. – Já fez um teste?

— De que?

— Gravidez Wave.

Eu comecei a rir e então ela me olhou cética.

— Eu não estou gravida Kathy eu e Aire nós cuidamos.

— Você tem certeza? Não teve um dia que não ficou e acabou indo sem?

Quando ela me fez esse questionamento minha mente foi no dia que eu e o Aire saímos do ensaio e fomos jantar juntos após acabamos ficando dentro do carro e sem dúvidas não nos protegemos.

— Vou comprar um teste de gravidez e você faz. – Me olhou.

— Ok.

Ela saiu do quarto e minha mente ficou dando voltas e voltas eu não sabia o que seria de mim ficar gravida aos dezoito com a carreira em ascensão seria a pior burrice e ao mesmo tempo é o meu maior sonho ter uma família. Eu não poderia patinar obviamente e ao mesmo tempo perderia todos os patrocinadores, mas sei que o Aire ficaria comigo. Fui até o quarto dele e chamei para dar uma volta quando estávamos bem afastados da base de treinamento nos sentamos em um banco olhando as pessoas andando para lá e para cá e finalmente criei coragem.

— Eu acho que estou gravida.

— O que? – Me olhou.

— Acho que estou gravida. – O olhei. – Eu não tenho certeza eu não fiz o teste, mas estou passando muito mal.

— Não seria ansiedade?

— É o que tenho pensado. – Respondi sincera. – E se eu tiver o que faremos?

— O obvio, não podemos estragar nossa carreira.

— Está falando em abortar?

— Sim, você não está pensando na loucura de termos um filho na idade que temos com a carreira que temos. – Me olhou incrédulo e eu o olhei perplexa.

— Me desculpa eu renunciaria à minha carreira de toda a fama do mundo para ter o meu filho.

— Você, mas eu não e se você tiver deve ser uma decisão em conjunta eu não estou preparado para ser pai.

— E você acha que eu estou para ser mãe? Por Deus Aire. – Levantei-me revoltada.

— Wave está chegando as finais precisamos levar a medalha de ouro para a nossa casa isso deve ser ansiedade. – Eu dei as costas e comecei a vomitar, de nervoso de raiva de tudo ao mesmo tempo e então ele colocou a mão nas minhas costas.

— Não acho que seja ansiedade Aire. – O olhei. – Não se preocupe eu não vou acabar com sua carreira eu faço questão de nem te ter próximo se realmente eu estiver gravida.

— Não fala isso, só quero que me entenda eu sempre te falei que a minha carreira é importante.

— Parabéns então. – Dei as costas.

Eu fiquei sem fazer o teste estava focada nos ensaios e na patinação eu não estava falando com Aire, passamos para a final para última fase e então eu criei coragem enquanto me arrumava e fiz o teste eu estava muito mal. Mesmo sem coragem e tremendo muito eu vi dois risquinhos no teste, eu estava gravida do Aire e eu precisaria renunciar tudo pelo meu filho até mesmo seu pai babaca. Antes de ir para o ginásio fui ao quarto de Aire e ele já estava trocado e então eu dei o teste na mão dele e ele ficou pálido sem reação.

— Vê se não me joga no chão para não matar seu filho. – Quebrei o silencio.

— Você não vai tirar?