Good For You (Zutara Fanfic)

→ Capítulo XI ←

"Má, teimosa, escandalosa e malvada, definitivamente."

Doin' Time - Lana Del Rey

N/A: VOLTEEEEEIII!! Sei que prometi capítulos grandes, e os próximos serão enormes, gente, mas nesse cap aqui, vim apresentar nossa vilã kkkk é o último capítulo de introdução, vamos se dizer, sei que não está perfeito, mas quero que vocês já sintam a energia e se preparem, pois daqui pra frente é só pra trás. O trem vai pegar fogo, seja físico ou seja no sentido figurado kkkk a Mai é uma personagem que eu tô gostando de escrever e a Katara vai aprender muito com ela.  Fiz o grupo no wthasapp e quem entrar, vai pegar uns spoilerzinhos. Quem quiser entrar me avisa que eu mando o link no privado. E estou fazendo um instagram também, quem quiser me ajudar vai ser muito bom *-*. OBRIGADA PELAS 4 MIL LEITURASS, EU NÃO CONSIGO CONCEBER QUE ISSO TÁ ACONTECENDO COMIGO! OBRIGADAAAAAAAAAAA!!!!!

Mai

"Os olhinhos dela brilhavam, as lágrimas podendo escapar a qualquer momento de suas orbes castanhas claras, o homem à sua frente era quem reconhecia por pai, mas sua fisionomia era assustadora demais para alguém que deveria ser amoroso.

– Você é a desgraça desse clã! ME DÊ SUAS MÃOS, AGORA!

Apavorada, ela esticou os bracinhos em direção ao homem e o mesmo se abaixou, pegou as mãos frágeis e, analisando, suspirou.

– Igualzinha à sua mãe, imprudente quando se trata do coração, é por isso que ela morreu.

– E-Ela morreu porque você a matou! – Através dos soluços, sua voz saiu tremida, mas alta o suficiente para fazer com que a bofetada fosse a resposta de sua insolência.

– Não terá direito a ir para a escola por duas semanas, isso lhe ensinará a se colocar no seu lugar, a ver que você não é nada, assim como sua mãe."

Despertei de meus devaneios e sacudi a cabeça, malditas lembranças.

De todas as pessoas que discursavam seus traumas da guerra, eu sem dúvida era a que mais as odiava. Era a mesma conversinha, o mesmo papo sobre estarem destroçados e se sentirem humilhados, e é isso que os fazem ser presas patéticas e indefesas, serem apenas sacrifícios. Ainda que eu estivesse do lado malvado, o sofrimento não me poupou, mas a verdade é que não existe o lado malvado, existe o meu lado. Assim como todos os outros, eu também senti na pele e na dobra as mazelas da guerra, e ser uma exímia dobradora de fogo e filha bastarda do general da nação do fogo não me fazia ter privilégios, aprendi desde cedo que se eu estou em uma situação ruim, eu deveria dar o meu jeito, me virar para não estar em uma situação pior. Eu me entendia, me conhecia o suficiente para saber que eu nunca me contentaria com pouco, que eu não era a boazinha da história e que para minha infelicidade, ou não, alguém tinha que ser a vilã, e porque não uma vilã linda e inteligente? Eu sabia que era ruim, e me permitia ser um pouco pior.

Minha história triste começa dez anos depois de eu nascer, quando a guerra já tinha se findado e minha mãe havia partido. Não pelas mãos de um dobrador qualquer, mas pelas mãos de meu pai. Zhao era o homem mais respeitado de toda a nação do fogo, ele era braço direito do senhor do fogo Ozai e tinha uma reputação tão invejável que todos o queriam em seu círculo de amizade.

Minha mãe era uma mulher muito linda e burra, era dama de companhia da esposa principal, uma concubina do mais baixo nível. Infelizmente se deixou levar pelos encantos de Zhao e assim eu acabei nascendo. Fui a primeira filha a nascer de Zhao, e ainda assim, por ser filha de uma concubina, eu não era nada mais nada menos que resto, as roupas de terceira mão, os materiais usados e o meu nome rastejando por todo o palácio. Zhao se dedicou a ensinar todos os seus filhos e sobrinhos, mas eu, filha legítima e herdeira aprendi a controlar meu poder por meio de pergaminhos, observação das aulas escondidas e claro, muita surra. As surras eram algo tão recorrente que hoje em dia eu passo muita maquiagem pra esconder as cicatrizes das costas e pernas.