11 - ☾

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Quando os primeiros raios solares atingiram o rosto de S/n que estava deitada em sua cama, a mesma resmungou virando o rosto para o lado em uma tentativa frustrada de voltar a dormir. Entretanto, uma vez acordada, não havia nada que a fizesse voltar a ter bons sonhos. Pensou em levantar-se para começar a arrumar as coisas para o trabalho, porém, um braço envolvendo sua cintura impedia de movimentar-se.

— Fica aqui mais um pouco, ainda está cedo — A voz do Fushiguro era melodiosa e até mesmo manhosa logo de manhã. A mulher ao seu lado não resistiu ao pequeno charme e se aconchegou novamente na cama.

Eles estavam dividindo a cama após terem passado a noite aos beijos e carícias sem conseguir se desgrudar. Além disso, eles não avançaram em nada, não por não desejarem o ato carnal, mas por medo de machucar um ao outro sendo precipitados.

O moreno estava sem sua camisa, mostrando o físico definido que tirava suspiros de S/n, enquanto a mesma passava sua unha por cada parte despida, causando pequenos arrepios nele.

— Não faça isso — Murmurou abrindo os olhos aos poucos enquanto a mesma permanecia com a mão em movimento, próximo ao abdômen do mesmo.

— Porque? — Fingiu inocência.

— Porque algo me diz que você esta mais avançada que eu? — Deu uma risada baixa — Primeiro resolva sua vida, depois quem sabe terá o que deseja.

— Isso é maldade — Soltou-se dos braços do rapaz fingindo indignação, mas o mesmo logo a puxou fazendo com que voltasse aos seus braços. Sem perder tempo, a mulher deu uma inclinada com a cintura fazendo com sua bunda roçasse no membro marcado do rapaz.

— Maldade são essas suas pequenas provocações — Apertou a cintura da mesma e beijou o pescoço dela — Preciso ir pra casa trocar de roupa antes de ir para o trabalho.

— Eu coloquei sua roupa do trabalho na máquina ontem a noite e na secadora durante a madrugada. Pode usa-las se quiser para que não chegue atrasado no trabalho.

— Ou será que você fez isso somente para não ficar longe de mim? — Recebeu um tapa no ombro e logo a ouviu rir.

— Tem razão, eu não queria que você fosse embora igual da última vez. Então me assegurei de conseguir fazê-lo ficar até a hora que eu acordasse e fossemos juntos para o trabalho.

— Sua sorte é que eu sempre carrego uma roupa caso precise dormir no petshop.

— Porque dormir? — Ambos aos poucos foram se levantando e arrumando a cama. Pareciam um verdadeiro casal não assumido.

— Às vezes alguns animais aparecem totalmente debilitados, então eu os deixo em observação e fico cuidando deles. Não dá para ir embora enquanto eles ficam precisando de ajuda para se alimentar, realizar suas necessidades fisiológicas e etc.

— Igual um plantão? — Ele assentiu enquanto a mesma o olhava com um sorriso carinhoso — E você me diz ainda que não tinha nenhuma mulher interessada em você? Quem resiste a um veterinário tão atencioso?

Megumi deu de ombro com o comentário, até porque ele nunca ficou se preocupando com essas coisas. Relacionamento para ele até o término da sua faculdade era uma total perda de tempo, então todas as garotas que pudessem ter interesse nele, nem ao menos tinham abertura para poderem se confessar. Porém, após seus estudos terem terminado e começado a sair mais vezes com Itadori e Nobara, ele sentiu a falta de uma companhia feminina ao seu lado.

Por fim, não demorou muito até o seu caminho se cruzar com o da irmã do Geto. Inclusive, o moreno acabou por se dar conta de que precisava conversar sobre isso com Satoru, antes que pudesse se tornar uma bola de neve.

[...]

Depois de cada um ir para o seu trabalho, Megumi discou o número de Satoru e esperou que ele atendesse. Pela hora, provavelmente o seu pai já deveria estar trabalhando. No terceiro toque a voz dele se tornou presente na ligação.

— O que você queria falar comigo? Não acha que já esta se tornando rotina dormir fora? Pelo menos se protegeu?

— Não seja tão inconveniente — Revirou os olhos — Preciso te dizer algo importante e espero que não faça nada sem que a gente converse para decidir antes.

— Esta esquecendo que o adulto sou eu? Porque eu deveria seguir suas ordens?

— Mas isso envolve a S/n e o Suguru, então a não ser que você queira fazer uma enorme burrada, acho melhor conversar comigo antes já que um de nós tem mais responsabilidade que o outro.

— Engraçadinho...Espera, o Suguru? — A voz deu uma recuada — Espero que seja fofoca da boa pois agora você conseguiu chamar a minha atenção.

— Lembra daquela vez que o seu melhor amigo nos disse que mãe dele esteve grávida de uma menina mas que a perdeu no parto? — Ouviu o outro concordar — Ela na verdade vendeu. Entregou a criança para uma outra família pois tudo o que eles queriam eram filhos homens.

— E como ela não conseguiu mais engravidar... Apenas o Suguru foi tratado como filho deles.

— Exatamente — Megumi encostou-se no armário e ficou lendo de relance seus clientes do dia — Eu não sabia o que dizer para ela, seria estranho simplesmente chegar com a notícia de que ela tinha um irmão e que não era a pessoa mais sã no momento.

— Fez bem — Suspirou — O Suguru irá adorar saber que a irmã não morreu naquele parto, mas provavelmente a notícia de venda da sua irmã pode fazer com que o mesmo crie uma ruptura com a família. Ele anda bem afastado depois da morte da Riko, tenho minhas dúvidas se isso não tem dedo dos pais dele já que detestavam a garota, mais uma ação precipitada poderia por tudo a perder.

— Esta com pena daqueles dois?

— Não é tão simples quanto parece, por mais horrível que eles tenham sido, ainda sim amaram o Suguru e entregaram a garota para uma família que pudessem amá-la.

— Que bela forma de demonstrarem amor, separando dois irmão só porque uma gravidez não ocorreu da forma que planejavam.

— Megumi, você está falando isso com ressentimentos do seu pai. Nós já conversamos e eu já lhe expliquei que o Toji não o abandonou...

— Ta, tanto faz, isso não vem ao caso... Vou desligar, passar bem. — Antes que Gojo pudesse dizer algo, ele desligou o aparelho e ficou encarando por um tempo a tela de bloqueio que era a foto dos dois quando criança.

Tanto faz. Ele não ligava para Toji e o que ele planejou para Megumi antes da sua morte. As únicas provas que ele tinha sobre o pai não ama-lo e muito menos sua falecida mãe estavam escritas em cartas dentro de um baú. Satoru já insistiu diversas vezes para que o moreno lesse cada uma com atenção, mas já na primeira folha, Toji dizia o quanto que o filho que sua esposa esperava poderia ser um grande erro. Ele não queria mais revirar um passado que pudesse lhe causar dor.

 Ele não queria mais revirar um passado que pudesse lhe causar dor

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Capítulo não revisado! 

Bjs :)

𝐂𝐚𝐧 𝐈 𝐁𝐞 𝐇𝐢𝐦 | 𝐌𝐄𝐆𝐔𝐌𝐈 𝐅𝐔𝐒𝐇𝐈𝐆𝐔𝐑𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora