𝐂𝐚𝐧 𝐈 𝐁𝐞 𝐇𝐢𝐦 | 𝐌𝐄𝐆𝐔𝐌𝐈 𝐅𝐔𝐒𝐇𝐈𝐆𝐔𝐑𝐎

12 - ☾

Enquanto Megumi trabalhava em sua clínica. S/n recusava mais uma das chamadas de seu ex, até porque ela sabia perfeitamente o que ele queria e obviamente o assunto seria o Fushiguro. Aiko olhava aquilo atentamente e totalmente inquieta, então, quando novamente o celular dela tocou, a melhor amiga atendeu já com uma voz irritada.

— Escuta aqui seu filho da puta, se continuar irritando a minha amiga, eu juro que a convenço de ir prestar queixa de você na polícia! Para de ligar e vê se some de uma vez da vida dela.

Desligou na cara do homem e entregou o celular para a garota, balançou a cabeça negativamente voltando a se afundar na cadeira. Não precisava ser um gênio para decifrar que Aiko estava incomodada com algo além dos telefonemas do ex da melhor amiga.

— O que está te incomodando? — Arrastou a cadeira para próximo da ruiva e a abraçou — Está passando mal?

— Não — Murmurou — Estou pensando em algumas coisas.

— Tipo? — A ruiva olhou para s/n por alguns segundos antes de balançar a mão pedindo que a mesma esquecesse. A melhor amiga já tinha problemas demais para se preocupar com ela. — Aiko, por favor, sabe que me preocupo com você.

— É bobeira.

— Não importa, me diga...

— Ontem eu me confessei para o Itadori — Sua voz era tão baixa que a garota precisou se esforçar para ouvir — Mas ele disse que não me via dessa forma... Me senti mal, não por ter sido rejeitada... Quer dizer, também foi por causa disso.

— Mas por ele ter sido mais um dos caras que te dispensou após ter dado sinais de que possivelmente estava interessado?

— Isso — Deu um sorriso de lado — Estávamos conversando diariamente, uma conexão tão boa. Fazia tempo que eu não me sentia dessa forma, mas talvez era coisa da minha cabeça.

A ruiva empurrou a cadeira se afastando da mesa e se levantou. Amarrou o cabelo em um coque frouxo e deu uma conferida na roupa.

— Vai aonde?

— Vou comprar algo para comer, irei relaxar a minha mente. Quer algo? — A amiga negou — Não se preocupe comigo, no dia seguinte eu sempre estou bem. Só te peço, por favor, para adiantar essas documentações dos novos contratados.

Aiko saiu da sala sem tempo para qualquer lamentação da amiga ou muito menos uma resposta negativa. Mas S/n compreendia perfeitamente aquela pose de durona dela, no dia seguinte aquele humor e sentimento não terão melhorado, para dizer a verdade, a ruiva fingirá um sorriso nada convincente e irá trabalhar com um choro na garganta. Lembram até os dias atuais do primeiro namorado que a ruiva teve, ele a humilhou na frente dos amigos fingindo não a conhecer e até mesmo riu dizendo que se tratava de uma louca.

Quando a noite chegou e ele a procurou, ela ainda estava tão arrasada que só conseguiu dar um tapa na cara do rapaz e terminar com ele. A Geto lembrava perfeitamente de ter ficado com Aiko abraçadas enquanto o mesmo insistia em tentar falar com ela, batia em sua porta pedindo desculpas com a voz embargada. Mas aquilo não havia perdão, amar não é fazer o outro sofrer e muito menos sentir vergonha de quem você tem ao lado.

Assim que a ruiva saiu do prédio comercial, sentiu seu ombro sendo esbarrado e quase cair no chão com tudo. Não conseguiu ver quem havia sido o mal educado que fez isso, mas seu corpo tinha sido impedido de ser colidido no chão por duas mãos pálidas e gentis.

— Opa, essa foi por pouco... — Ela falou consigo mesma enquanto dava uma risada desajeitada. O rapaz que a impediu de se machucar ajudou a mantê-la de pé e deu um passo para trás. A ruiva o encarou um pouco desnorteada, o cabelo dele estava caído e usava um corta vento que cobria um pouco seus lábios — Obrigada.