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Caminhando pelos corredores lado a lado da minha melhor amiga,  conversávamos sobre a sensação que tive ontem sobre o rapaz moreno chamado Fushiguro. Aiko que me ouvia atentamente, soltava algumas risadas como se eu estivesse contando alguma piada.

— É o jeitinho dele, S/n. O Megumi é completamente introvertido, então é difícil de início se aproximar dele. As vezes pode parecer que ele esta sendo grosseiro, mas na verdade foi apenas uma resposta automática que soltou.

— Com certeza com você foi uma situação diferente, já é considerada miss simpatia — Minha melhor amiga fez uma careta antes do meu celular apitar e eu notar uma mensagem de um número desconhecido.

— Precisamos conversar, pare de fugir de mim — A mesma leu a mensagem notificada ao meu lado e me encarou — Sério que ele comprou mais um número só para tentar falar com você?

— Esse já é o quarto número que eu bloqueio — suspiro.

Estava cansada do meu ex ficar me rondando em uma tentativa frustrada de me convencer que tudo que ele fez foi por motivos de carência ou que a mulher estava dando em cima dele. Além disso, sempre que ele me mandava mensagem, um incomodo em meu peito surgia, como uma pequena ansiedade.

— Não quer que eu vá com você para um encontro entre vocês dois? Posso esperar um afastada enquanto você da um tapa na cara desse cretino.

— Eu não quero vê-lo, Aiko — Guardei meu celular no bolso — Sei perfeitamente todo o discurso que ele irá usar e convenhamos que é perda de tempo parar a minha vida somente para escuta-lo.

— Você tem certeza disso?

— Absoluta — Dei um breve sorriso — Mas continuando nossa conversa sobre o Fushiguro. Ele é o rapaz que você havia se interessado um tempo atrás?

— O que? Não, claro que não — Aiko soltou uma gargalhada — Meu interesse estava no melhor amigo dele, Itadori. Além disso, não estou afim de ficar com um cara que tem Daddy Issues.

— As vezes o modo que você fala das pessoas soa cruel — Falei ironicamente

Entramos em nosso escritório fofocando sobre os amigos dela e principalmente sobre o moreno. Eu não queria admitir, mas estava intrigada com ele, havia algo tão intenso em seus olhos que me fez passar a noite toda revirando na cama e pensando se nós algumas vez já nos esbarramos.

— De toda forma — Vejo Aiko parar o que estava fazendo e me observar — Eu gostei de ter conhecido eles, são pessoas divertidas.

— Eu te falei — Ela sorriu animada — Os três são super gente boa. Mas, porque algo me diz que um certo alguém te interessou?

— Está lendo minha mente agora?

— Aha! Então eu estou certa — Vejo a ruiva puxar sua cadeira para ficar ao meu lado — Foi o Fushiguro, né? Aquele garoto é uma perdição realmente! Mas cuidado, muitas já se interessaram e foram rejeitadas por ele.

— Calma, não é como se eu quisesse casar com ele — Olhei para o chão um pouco incomodada e até mesmo envergonhada — Só queria conhece-lo, sabe...?

— Ah... — Vejo seu tom de voz recuar — É complicado explicar sobre ele. O Megumi é uma pessoa bastante fechada quanto a sentimentos e até mesmo seus gostos. Ele foi abandonado pelo pai quando criança e adotado por um outro que parece um adolescente, ou seja, precisou amadurecer cedo e lidar com a vida adulta.

— Ele não gosta do pai adotivo?

— Claro que gosta, ele fala super bem do Satoru — Deu um sorriso fraco — Mas você entende que ele deve ter se perguntado diversas vezes porque foi abandonado? Não é como se você questionar o paradeiro da sua família biológica fizesse com que a adotiva fosse insignificante, mas o sentimento de rejeição da criança...

— Sim, eu entendo — Apertei minhas mãos uma com a outra um pouco nervosa — Ele trabalha por aqui no prédio? Ontem eu tinha visto ele no elevador.

Aiko assentiu pegando o seu celular e entrando no perfil do rapaz. Tinha várias fotos dele com diversos animais sendo eles cachorros, gatos, pássaros... Sua expressão era leve e algumas ele sorria. Um sorriso tão chamativo e verdadeiro.

— Ele é veterinário, trabalha na clínica no segundo andar. Eu tenho uma teoria sobre o estabelecimento, mas prefiro guardar pra mim.

— Porque ? — Ela fez um movimento com os dedos indicando que não iria me dizer e eu só faltei morrer de curiosidade, detesto ser fofoqueira.

— Enfim, ele tem dois cachorros em casa, são dóceis e fofos.

— Você já foi na casa dele? — Aiko deu um sorriso malicioso e no fundo isso me incomodou, fingi não me importar mesmo que no fundo eu quisesse saber se rolou algo entre eles ou não.

— A resposta é não — A mesma soltou uma gargalhada — Coé S/n, você me conhece, acha mesmo que eu sou de ficar saindo com qualquer cara? NÃO RESPONDA!

Desviei meu olhar totalmente constrangida e me levantei da cadeira cortando aquele assunto de vez. Caminhei até a máquina de café e apertei no botão que indicava o café expresso, pelo meu silêncio acho que ela percebeu que eu queria encerrar de vez aquela conversa e não falar mais sobre o rapaz.

[...]

Ao chegar em casa eu nem me prestei a tirar a roupa do trabalho. Liguei o notebook e pesquisei pelo nome Megumi Fushiguro, acessando a página da clínica veterinária.

Suas redes sociais não tinham tantas fotos e muito menos informações, mas o site tinha diversos artigos de como cuidar do pelo do seu animal de estimação, os tipos de ração para cada tipo de cachorro, como adestra-los, como cortar as unhas dos gatos e tinha um link especial de fotos dele com cada animalzinho.

— Que idiota eu sou... Não consigo nem mais disfarçar o meu interesse — Passei a mão pelo meu rosto e fechei meus olhos pensando.

Peguei meu celular abrindo a mensagem que meu ex me mandou hoje de manhã, aperto em apaga-la enquanto solto um suspiro frustrada. Já havia cancelado a data da cerimônia e da festa, não havia mais nada nos ligando. Eu preciso continuar seguindo enfrente. 

 

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Hiii :)

Já criei todo o roteiro da história e estarei postando a cada três dias...

Não quero ser apressada, então tenham paciência com as postagens rs

Bjs

𝐂𝐚𝐧 𝐈 𝐁𝐞 𝐇𝐢𝐦 | 𝐌𝐄𝐆𝐔𝐌𝐈 𝐅𝐔𝐒𝐇𝐈𝐆𝐔𝐑𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora