𝐂𝐎𝐍𝐅𝐈𝐃𝐄𝐍𝐓 -𝙇𝙀𝙊𝙉 𝙆𝙀𝙉𝙉𝙀𝘿𝙔

𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝟐𝟗

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Não sabia explicar a sensação que sentia naquele momento, um conforto misturado com o próprio desconforto. Ele estava ali te abraçando, mas não parecia ele, Leon nunca havia acendido um cigarro se quer em sua frente. Mas naquela noite aquele com certeza não seria o último, tentava relevar, afinal todos ali estavam bebendo e outros fumando.

Mas algo estava muito estranho, desde que encontrou Leon no escritório mais cedo, sabia que havia algo de errado. Leon parecia tão estressado quanto os outros dias , também havia algo que perturbava sua cabeça.

Certo dia, depois de mais um jantar incrível com ele, vocês se deitaram. Uma mensagem, não sabia quem era mas Leon logo bloqueou o celular e disse que precisaria sair. Ele voltou pela manhã, parecia tão abatido, mas quando perguntou a única coisa que o loiro fez foi se encolher ao seu lado e dizer.

"Por que? Eu sempre tento fazer tudo tão certo, mas tudo parece errado, meus demônios sempre voltam."

Desde então Leon parece tão alheio e chapado quanto o normal, queria poder ajudar, mas Leon nunca foi a pessoa mais fácil de aceitar ajuda, ele sempre achou que tinha de lidar com tudo sozinho, e mesmo tendo você, ele não pesaria sua cruz nas costas de outra pessoa. Ainda mais da pessoa que ele mais amava.

Sentiu seus dedo roçarem eu seu cabelo, a areia em seus pés e as risadas, você olha para  cima e vê seu rosto.

O nascer do sol batia contra sua pele, e ele te olhava com os olhos pequenos, como se fosse um anjo que acabara de cair.

— Eu te amo mais que qualquer coisa. Você diz e ele acaricia seu rosto com um sorriso pequeno nos lábios.

Suas mãos cheiravam a cigarro, sua boca cheirava a álcool. Mas mesmo assim seu toque não deixou de ser especial, e sua boca não deixou de ser única.

—  Leon... - Você o chama enquanto ele olha no fundo de seus olhos.

— [Nome]...

Você olha para os lados antes de continuar, não sabia se queria realmente dizer aquilo, você suspira.

—  Eu não gosto quando você fuma. - Você diz e solta um suspiro pesado.

Leon já era adulto não precisava de alguém dizendo oque ele podia ou não fazer, mas mesmo assim, você queria cuidar dele. Agarra-lo em seus braços todas as vezes que ele chorava, assim como uma criança.

Ele solta o cigarro e olha para você.

— Me desculpe. - Ele diz com um pequeno sorriso. — Não vou mais fazer, eu prometo.