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Cloe 🌸

Já é segunda novamente, acabei de voltar do meu horário de almoço, e minha chefe me chamou na sala dela.

- com licença, senhora - falei batendo na porta

- pode se sentar - falou se ajeitando na sua cadeira.

- o que você queria falar comigo? - perguntei, tentando esconder meu nervosismo.

- então, uma enfermeira da área de emergência teve que se afastar por motivos pessoais e eu queria perguntar se você queria substituir ela, seu salário vai aumentar ****** se você não quiser não tem problema, mas seria uma oportunidade muito boa para seu currículo - ela explicou.

- ah sim, eu quero então, só uma pergunta, o horário é o mesmo? - falei por fim.

- você vai ficar 1:30 a mais, mas se for um problema você pode entrar 1:30 mais cedo - falou.

- ah não tranquilo, posso ir? - perguntei me levantando.

- sim, você começa hoje, ok? - assenti e sai pro corredor.

Assim que sai fiz uma comemoração besta e ridículo e fui para meu posto.

•••

Já estou saindo do hospital, já fiz a hora extra, na hora em que fui chamar um táxi, uma moto preta parou na minha frente e a pessoa saiu de cima dela e tirou o capacete.

- olha se não é a chatinha - falou o mesmo homem daquele dia.

- ah, oi - falei acenando pro táxi.

- quer uma carona? - olhei para ele e cruzei os braços - o que foi? - perguntou.

- o que eu disse sobre me deixar em paz, ein? - falei.

- nossa, eu só quis ser gentil - colocou a mão no peito.

- uhum - falei segurando riso.

- vai, vamos - falou tirando o capacete do baú da moto e me entregando.

- tá - entreguei a bolsa para ele que guardou. Ele subia na moto e eu coloquei o capacete.

-vem -  estendeu a mão e eu subi na moto.

- não vai muito rápido, ok? - falei segurando na sua cintura.

- tá com medo? - falou ligando a moto.

- não, só não quero morrer - falei e ele acelerou.

- relaxa, chatinha, não vou te matar - falou virando a esquina - mas se agente morrer, nos vamos juntos pro inferno - falou zuando.

- idiota - falei meio alto por causa do vento.

- chatinha - falou parando na entrada do condomínio.

Puxei o controle do bolso e abri o portão, ele entrou e foi me diração a minha casa, na hora que chegamos eu saí da moto e ele tbm, tirei o capacete e entreguei.

- obrigada - falei pegando minha bolsa.

- não vai me convidar para entrar? - falou se escorando na moto.

- bom, pelo o que eu me lembre, você não pediu convite da última vez - falei me virando para abrir a porta. Entrei e ele entrou atrás e fechou, deixei a bolsa na sala  e subi para o quarto, ele me seguiu.

- nossa, viu minha sombra? - falei tirando o sapato.

- ainda não sei seu nome - falou ignorando minha fala.

- Cloe, você? Pelo o que eu saiba você não iria colocar seu nome verdadeiro na ficha do hospital - falei indo pro banheiro.

- é não mesmo, mas por que eu falaria para você? - falou se sentando na cama.

- hmm, eu não sei, mas bom, se eu quisesse ferrar com você já tinha feito isso - falei fechando a porta.

Ele ficou em silêncio, tirei a roupa e tomei banho.

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