- Tem certeza disso? - Joshua me questiona.
- É a única saída. Já vimos uma pilha de corpos, já estamos foragidos, já estamos praticamente mortos.
Respiro fundo umas 3 vezes e vou para a segunda porta.
Aperto com força a maçaneta, pensando e repensando a ideia de abrir essa porra dessa porta. Sem perceber, já havia aberto a porta.
Preso nos meus pensamentos, fechei os olhos e abri a porta sem perceber, e só me dei conta disso quando Joshua bufoua ao meu lado e senti meu braço esticado.
Agora o chão e o teto são pintados de fogo, lava, chão e terra. Se eu não estou doido, parece uma representação do inferno. Tem símbolos, chifres. É, com certeza é uma representação do inferno. É algo satânico.
No meio da sala existe uma mesa de pedra, com um caldeirão em seu centro. Deva ter mais coisa lá dentro, mas eu não consigo passar da porta. Algo não me deixa andar... o medo. Estou paralisado, não consigo mexer nem um dedo.
Não consigo me virar para ver a reação de Joshua, mas por sua respiração estar controlada e acelerada, acredito que esteja confuso e levemente assustado.
"Luccas, você precisa sobreviver!"
Respiro, mas dessa vez mais fundo, tentando reunir coragem suficiente para andar.
Consegui.
Cheguei próximo a mesa no centro da sala, mas minhas pernas tremem. A mesa, não é uma mesa. É um altar, de pedra, riscado. Símbolos registrados e figuras registradas por todo o altar. Um caldeirão no centro, com um líquido vermelho dentro. Não é só sangue, mas com certeza tem sangue aqui.
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Caminhos opostos
Ficção AdolescenteLucas, o cara que se esforça nos estudos, vê em Joshua, o rei do morro, uma figura enigmática e perigosa. Enquanto Lucas tenta se manter no caminho certo, lutando para sobreviver na favela, ele se vê cada vez mais intrigado com o mundo sombrio de Jo...