Capítulo 11.

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Cuidados.

Ao ver Apollo com alguns arranhões e feridas, segurei meu suspiro de frustração. Ele parecia um verdadeiro desastre ambulante, e eu já estava cansado de ter que cuidar dele como se fosse uma criança.

— Por favoor... — Apollo murmurou, segurando minhas mãos com um olhar suplicante.

— Eu te avisei para não subir naquela árvore, não avisei? Você não é um felino! — Respondi irritado, lembrando-me da teimosia do lobisomem.

Apollo fez uma expressão de "cachorrinho na chuva", tão irresistível que meu coração quase se derreteu.

— Olha... — comecei, envergonhado pela suavidade de minhas palavras. — Não é só porque você se machucou, de forma bem imprudente, que eu preciso te dar carinho e cuidar de você. Isso pode virar um hábito.

Mas Apollo parecia nem ter ouvido minha resposta, respondendo com uma velocidade surpreendente:

— Eu prometo que não será um hábito!

Respirei fundo e acariciei suas bochechas, incapaz de resistir à sua expressão inocente.

— O que eu faço com você, hein? Me prometa que não vai se meter em problemas assim no futuro e eu cuidarei de você.

— Eu prometo! Prometo com todo meu coração! — Apollo respondeu prontamente, seu comprometimento direto sempre me deixava desconcertado.

Assim, dei início aos cuidados com as feridas de Apollo, roubando um kit médico de uma farmácia da cidade. Enquanto tratava dele, Apollo constantemente se agarrava a mim, como se buscasse conforto em minha presença. Era um comportamento surpreendente vindo de alguém tão grande e aparentemente confiante.

— Pronto… terminei. — Anunciei, colocando um pequeno band-aid no nariz de Apollo. — Não faça isso novamente, me ouviu?

— Sim! Você é o melhor, obrigado! — Foram as palavras de agradecimento de Apollo.

Suspirei, sentindo meu coração aquecer com tanta gratidão vinda dele. Com hesitação, abracei Apollo de volta, permitindo-me desfrutar da proximidade reconfortante entre nós.

A Benção da Lua de Prata.Onde histórias criam vida. Descubra agora