Confissões Sob a Lua.
Sentados lado a lado, com as mãos entrelaçadas, nós compartilhávamos um silêncio reconfortante. Era como se nossas almas estivessem em sintonia, sem a necessidade de palavras para expressar o que sentíamos. Mas eventualmente, fui eu quem quebrou o silêncio.
— Apollo, você já se apaixonou antes? - Perguntei, curioso para conhecer mais sobre o passado amoroso do meu amigo.
— Oh, eu? Sim, algumas poucas vezes… minha primeira vez foi uma garota e a segunda com um rapaz! A terceira digamos que eu só beijei o lobisomem e nunca mais vi. - Ele respondeu, com uma mistura de nostalgia e despreocupação em sua voz.
— Uau. Você já é bem experiente… - Ri timidamente, sentindo-me um pouco inseguro com minha própria falta de experiência nesse assunto.
Apollo apertou minha mão suavemente.
— Agora, quantos você já beijou? - Ele perguntou, sua curiosidade genuína evidente em seu olhar.
— Muito poucos, nenhum eu diria. Não tive tempo para me apaixonar. - Respondi, admitindo minha inexperiência com uma mistura de constrangimento.
A inclinação suave da cabeça de Apollo e o movimento de suas orelhas indicavam confusão diante da minha resposta.
— E se eu… te beijasse? - Ele sugeriu, fazendo-me corar instantaneamente.
— Ah, Deus…! - A resposta escapou de meus lábios, minha mente em turbilhão diante da proposta inesperada.
Apollo riu da minha reação, uma risada leve e divertida que fez meu coração acelerar.
— Um beijo de "vampiro" sabe? No pescoço. - Ele esclareceu, provocando um arrepio involuntário em minha espinha.
Suspirei, recuando um pouco e encolhendo minhas pernas, ponderando sobre sua proposta audaciosa.
— Você beijou tantos… mas me ofereceu um beijo, por quê? - Questionei, buscando entender suas motivações por trás desse gesto tão íntimo.
— Uma razão tão tola, receio. Eu só quero beijar você. - Sua resposta simples ressoou em meu coração, tocando uma parte de mim que eu mal sabia que existia.
A ideia de um beijo em meu pescoço me deixava nervoso, mas ao mesmo tempo aquecia meu coração com uma sensação reconfortante de pertencimento.
— Por favor! É só um! Eu prometo! - Apollo insistiu, seu olhar suplicante e seu sorriso travesso revelando a alegria infantil que ele ainda mantinha.
— Só… um. Um só! - Concordei finalmente, oferecendo-lhe uma abertura em meu pescoço para ele se divertir.
Apollo não hesitou; com um sorriso radiante e a cauda balançando animadamente, ele aproximou-se e depositou um beijo suave em meu pescoço. Senti um arrepio percorrer minha espinha e um calor se espalhar por todo o meu corpo, enquanto uma sensação indescritível de felicidade e conforto me envolvia.
— Idiota… - Sussurrei, empurrando-o levemente, mas incapaz de conter o sorriso que se formava em meus lábios enquanto o abraçava.
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A Benção da Lua de Prata.
Romance"A Benção da Lua de Prata", narra a história de amor entre Aaron, um vampiro, e Apollo, um lobisomem. Ambientada em um mundo perigoso e cheio de seus mistérios, o casal enfrenta diversas situações perigosas lutando contra tudo isso enquanto tentam v...