Capítulo 6.

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Perseguição na Floresta.

Caminhando pela belíssima floresta ao pôr do sol, tudo parecia tranquilo, até demais. No entanto, conforme a noite avançava, os perigos começavam a se manifestar. Eu sabia disso, mas minha arrogância me fazia sentir intocável diante da densa floresta. Passos se aproximaram, e meus ouvidos aguçados captaram o som primeiro. A princípio, pensei que fosse Apollo, o "pulguento", como costumava chamá-lo. No entanto, uma flecha zumbiu em minha direção, passando perigosamente perto do meu rosto. Caçadores! Sem hesitar, comecei a correr, desviando-me das flechas mortais que vinham em minha direção. Os gritos dos caçadores ecoavam pela floresta, repletos de ódio e desejo de me verem morto, eles gritavam "apareça, ser obsceno!" ou gritavam "queime no inferno!". Eu não ligava para suas palavras, mas sim para suas ações assassinas. Uma flecha atingiu o galho ao meu lado, e minha respiração acelerou. Foi então que avistei uma figura familiar: Apollo. Ele me chamava, e sem hesitar, segui-o em desespero. Corremos juntos até uma caverna próxima, onde nos escondemos do perigo iminente.

Ofegante, percebi que tinha esgotado minhas energias. Apollo me olhava com preocupação.

- Está bem, vampirinho? Eles te machucaram? - sua voz carregava uma genuína preocupação.

- Estou bem. - respondi, tentando soar arrogante, mas logo me corrigi: - ...Obrigado.

Exausto, deitei minha cabeça em seu ombro e adormeci, vencido pelo cansaço e pela adrenalina. Apollo, gentilmente, cobriu-me com sua jaqueta e sussurrou palavras reconfortantes enquanto observava o céu estrelado.

- Durma bem, meu vampirinho. - suas palavras ecoaram em meus sonhos, enquanto nos entregávamos ao merecido descanso, juntos na escuridão da noite. - Durma bem...

A Benção da Lua de Prata.Onde histórias criam vida. Descubra agora