Capítulo 21.

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Não Chore.

Encontrei-me encolhido ao chão de meu quarto, lágrimas desesperadas banhando meu rosto enquanto meus soluços ecoavam pelas paredes vazias. Mas chorar não resolveria nada, eu sabia. Eu precisava encontrar Apollo. Levantei-me determinado, vestindo minhas luvas, minhas roupas habituais e uma capa para me proteger do sol, preparando-me para sair em busca do meu amado. Meu pai dormia profundamente em seu quarto, oferecendo-me a oportunidade perfeita para escapar sem ser detectado. Ao sair de casa, respirei fundo e adentrei a floresta, chamando pelo nome de Apollo em meio aos meus gritos desesperados. Minha voz se desgastava com cada grito, mas a esperança persistia dentro de mim. Eu não desistiria tão facilmente.

Lembrando-me do lugar favorito de Apollo, um campo aberto banhado pelo sol escaldante, corri naquela direção com a determinação renovada. Ao chegar lá, deparei-me com um corpo caído no centro do campo. Sem hesitação, corri até ele e me ajoelhei ao seu lado.

— Oh… Apollo… você está horrível... - Murmurei enquanto acariciava seus cabelos, sentindo meu coração apertar ao vê-lo tão machucado.

Com uma força renovada pela certeza de que ele estava vivo, decidi cuidar dele com toda minha dedicação. Com dificuldade, ergui-o em meus braços e o carreguei até a caverna onde uma vez ele cuidou de mim.

— Você ficará bem, eu te prometo. - Sussurrei enquanto o deitava no chão e começava a tratar de seus ferimentos com o que tinha à disposição.

Cuidei dele com todo o cuidado que pude reunir, fazendo o possível para aliviar sua dor e curar suas feridas. Beijei sua testa suavemente, expressando toda a gratidão e amor que sentia por tê-lo de volta ao meu lado. E, naquele momento, prometi a mim mesmo que faria qualquer coisa para mantê-lo seguro e protegido, custe o que custasse.

A Benção da Lua de Prata.Onde histórias criam vida. Descubra agora