Capítulo 17.

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Calafrios.

Meu coração estava pesado após a conversa com meu pai. Ele nunca entenderia, nunca compreenderia o vínculo especial que tenho com Apollo. Suas palavras duras ecoavam em minha mente, fazendo-me duvidar de mim mesmo. Eu me sentia sozinho, preso em um mundo onde minha verdadeira essência não era aceita. Meu pai esperava que eu seguisse seu caminho, casando-me com alguém que ele escolhesse, sem levar em consideração meus próprios desejos e sentimentos. Apesar de tentar me manter forte, suas palavras penetraram em mim como facas afiadas, deixando-me com uma dor profunda em meu coração. Não era apenas a desaprovação de meu pai que me machucava, mas sim a sensação de ser incompreendido e desvalorizado por ele, eu queria que ele entendesse. Eu me perguntava se algum dia ele seria capaz de aceitar quem eu sou de verdade, se um dia seria capaz de entender o que Apollo significa para mim. Mas no fundo, eu sabia que a resposta era provavelmente não.

Com um suspiro pesado, deitei-me em minha cama, abraçando o travesseiro com força enquanto as lágrimas escapavam silenciosamente de meus olhos. A dor em meu peito era quase insuportável, mas eu sabia que precisava ser forte, pelo menos por enquanto. Eu sabia que estava sozinho agora. Enquanto lutava contra a tristeza e a solidão que me consumiam, uma parte de mim ansiava pelo conforto e apoio de Apollo. Ele era a única luz em meio à escuridão que envolvia minha vida, a única pessoa que me compreendia e aceitava verdadeiramente. Mas mesmo assim, uma voz dentro de mim sussurrava que talvez meu pai estivesse certo. Talvez eu devesse desistir de Apollo para evitar mais conflitos e dor. No entanto, eu sabia que não poderia fazer isso. O amor que sentia por Apollo era forte demais para ser ignorado ou negado.

Assim, me perdi em meio a nuvens sombrias de meu coração, chorando silenciosamente em busca de algum conforto restante.

A Benção da Lua de Prata.Onde histórias criam vida. Descubra agora