Capítulo 15.

7 0 1
                                    

O Encontro.

Acordei com uma sensação de animação borbulhante dentro de mim, mais do que o normal. Hoje seria diferente. Hoje, eu e Apollo íamos sair juntos, não apenas para caçar ou conversar, mas algo mais parecido com um encontro. Pelo menos, era isso que eu esperava. Vestindo meu melhor terno e arrumando meu cabelo, que agora não estava tão espetado, mas continuava perfeito, eu mal podia esperar para encontrar meu belíssimo pulguento.

No entanto, minha animação não passou despercebida por meu pai. Ele começou a fazer perguntas que normalmente não faria, querendo saber para onde eu estava indo e por que eu estava tão animado. Minhas respostas foram vagas, não querendo revelar meus verdadeiros sentimentos. Até que ele disse algo que cortou fundo: "Você sabe muito bem que assim que eu achar uma boa pretendente, você irá se casar com ela. Não sabe?" Palavras duras que pouco importavam. Eu não iria me casar com ninguém, a menos que fosse alguém que eu amasse. Com uma resposta curta, deixei a mansão. Sabia que as palavras de meu pai não me afetariam. Estava feliz demais.

Chegando ao ponto de encontro que marquei com Apollo, esperei ansiosamente por ele. Enquanto esperava, comecei a refletir. Talvez pudesse dar um presente a Apollo. Revirando meus bolsos, encontrei uma pequena presilha de morcego. Achei-a fofa e pensei que seria um ótimo presente. Mas antes que pudesse pensar mais, Apollo me surpreendeu, abraçando-me por trás e me tirando do chão.

— Te assustei, não foi? — Ele disse, me colocando de volta no chão.

— É… você me deu um sustinho. — Ri.

Apollo vestia um terno, algo novo para ele, que geralmente usava roupas desleixadas e nem sequer sapatos. Mas agora, até seu cabelo cheirava extremamente bem.

— Uau... você está incrível… e muito bonito também. — Disse timidamente, sentindo minhas bochechas corarem.

— E você? Você está tremendamente lindo! — Apollo disse, fazendo-me ficar ainda mais vermelho. — E aqui, eu trouxe para você!

Ele me entregou um pequeno buquê de minhas flores favoritas, me deixando sem palavras.

— Oh, Deus… você não cansa de me impressionar, não é? — Ri, pegando as flores e cheirando. — Eu as amei.

Apollo pareceu ficar feliz com isso, sua cauda se mexendo incontrolavelmente.

— Eu quero lhe dar isso… — Mostrei a presilha para Apollo e a coloquei em seu cabelo.

— Aaah! É tão linda! Você é o melhor, eu te adoro! — Apollo disse, abraçando-me com força.

Suspirei, abraçando-o de volta, sentindo um calor reconfortante.

— Vamos lá? — Disse, lembrando-o sobre o "encontro".

— Sim! Eu quero aproveitar ao máximo com você!

Fomos juntos, eu ainda não sabia o que era exatamente, mas com Apollo ao meu lado, eu me sentia mais do que bem. Eu me sentia... amado. Ainda não sabia exatamente o que sentia por ele, mas sabia que enquanto tivesse Apollo, estaria bem.

A Benção da Lua de Prata.Onde histórias criam vida. Descubra agora