Pelo erro de seu pai, seu reino foi destruído por Jackson, e agora preso em uma masmorra, Minho se vê perdido em memórias e em pensamentos que sempre o relembram do fatídico dia da queda de Grayleeknow.
Mas talvez tenha uma pequena chance de salvar...
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Minho e Christopher, exaustos da jornada, se abrigaram em uma construção abandonada para se protegerem da chuva torrencial. As paredes de pedra, antigas e desgastadas pelo tempo, ofereciam um abrigo precário, mas suficiente para mantê-los secos.
As gotas da chuva batiam pesadamente no telhado, criando um ritmo constante e hipnótico.
Minho, observando a chuva pela pequena janela quebrada, se virou para Christopher, que estava sentado no chão, tentando se aquecer.
_ Não temos muito o que fazer até a tempestade passar, - disse Minho, com um sorriso travesso. - Por que não dançamos?
Christopher ergueu as sobrancelhas, surpreso.
_ Dançar? Aqui? Agora?
Minho deu de ombros.
_ Por que não? Vai nos aquecer e... pode ser divertido.
Minho estendeu a mão para Christopher, que hesitou por um momento antes de aceitá-la. O príncipe o puxou gentilmente, e logo os dois estavam de pé, se movendo ao som da chuva.
Minho começou a guiar, os passos firmes e graciosos, enquanto Christopher tentava acompanhar, inicialmente desajeitado, mas logo se soltando.
A dança era uma mistura de movimentos suaves e intensos, uma expressão silenciosa dos sentimentos contidos que ambos vinham guardando.
Christopher sentiu o coração acelerar, não apenas pelo esforço físico, mas pela proximidade com Minho.
Enquanto dançavam, Christopher não pôde evitar a enxurrada de pensamentos e emoções que invadiam sua mente. Minho estava tão próximo, os olhos fixos nos dele, a mão segurando a sua com firmeza e gentileza.
Ele sentia uma mistura de felicidade e tormento, perguntando-se se realmente merecia estar ali, compartilhando aquele momento com o príncipe.
Christopher tentou afastar as dúvidas, mas elas se mostravam persistentes. Seu passado no bordel pesava em sua mente, a vergonha e a culpa sempre presentes. "Por que ele me escolheria? Como posso ser digno de alguém como ele?" Pensava.
Os momentos de intimidade que compartilhavam tornavam essas perguntas ainda mais dolorosas.
Sem perceber, Christopher parou de dançar, perdido em seus pensamentos. Minho percebeu a mudança e parou também, segurando o rosto de Christopher entre as mãos.
_ Ei, está tudo bem? - perguntou Minho, a preocupação evidente em seus olhos.
Christopher desviou o olhar, a vergonha queimando em suas bochechas.
_ Minho, eu... não sei se sou digno de você. Meu passado, tudo que fiz... Não sei se mereço isso
Minho segurou Christopher com mais força, puxando-o para um abraço apertado.
