caos

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Eu postando capítulo todos os dias? Por essa nem EU esperava! Aqui estamos, espalhando um pouco de caos em plena quinta-feira. Espero que vocês gostem, que não queiram me matar e que entendam que ainda tem muita água pra rolar entre eles até o Felizes Para Sempre, mas ele vem(?)! Tô lá no Twitter (https://x.com/lost4ugn) e pra quem quiser spoiler é o ilha_dafantasia (https://x.com/ilha_dafantasia - sim, a foto é do alberto roberto mesmo). 

Boa leitura, nenas!


Eu passei a segunda inteira à base de café e Red Bull. Márcio me conhecia bem, veio logo questionar aquelas olheiras que nem meu melhor corretivo conseguia esconder e o suéter gola alta (que aliás, eu obriguei Alexandre a comprar pra mim em São Paulo no domingo, seria impossível cobrir as marcas que esse doido me causou).

Não tive coragem de confessar o meu crime.

Valentina me provocou como antes, finalmente deixando aquela criatura estranha que ela se tornou no último mês de lado. Eu me fiz de doida.

O que não deu muito certo em casa...

Valen invadiu meu banheiro enquanto eu estava apagada dentro da banheira, completamente exausta depois de uns 2 dias praticamente virada.

— Meu Deus! Quem fez isso com você, mãe? — Valentina exclamou em choque e eu abri os olhos atordoada, num choque ainda maior que o seu.

Muitas camadas para serem digeridas: ela vendo as várias marcas deixadas por seu pai e me chamando de mãe pela primeira vez. Se eu já estava zonza antes, agora muito mais.

— Hm? — Grunhi grogue.

— O Xan não foi, eu estava com ele o dia inteiro no sábado e você só voltou hoje de Sampa... arrumou um boyzinho de olhos puxados lá pela Liberdade, foi? — Ela se sentou na borda da hidro e fez burla de mim.

— Que mané boyzinho, Valentina? Eu tive uma crise alérgica, me cocei a noite toda e deu nisso. — Tentei justificar nervosa, catando toda a espuma que pude para me cobrir.

— E seus dedos agora têm dentes, é? — Riu tocando seu queixo com o indicador.

Eu a puxei pra dentro da banheira comigo, se ela não ia parar de me questionar por bem, ia ser por mal. Jogamos água para todo lado em meio a nossa crise de risos. Fiz cócegas nela até lhe faltar o ar e terminamos agarradinhas, rindo alto e desfrutando da presença uma da outra como há tempos não fazíamos.

— Eu já tava pronta pra dormir, agora vou ter que lavar o cabelo. — Resmungou depois de alguns minutos abraçada a mim.

— Eu seco pra você, chata. — Me perdi no tempo fazendo carinho na sua cabeça.

Assimilar que aquilo era uma verdade, que eu estava com o meu bebê nos braços, era a coisa mais surreal que já me ocorreu. E pensar que, justamente na hora do banho, essas pernas me chutavam como se tivesse uma escola de samba inteira dentro de mim.

— Gi... e aquele negócio do teste de DNA? Quando vamos fazer? — Perguntou, me olhando séria.

— Isso é só burocracia, Valen. O seu Nero confessou, nós temos a gravação, seu pai já acionou os advogados dele e eu os meus, eles estão vendo um jeito de resolver tudo amigavelmente. Estamos procurando o melhor jeito de não te prejudicar. — Acariciei seu rosto com cuidado.

— Eu sei, mas... — Ela suspirou, fechou os olhos como se buscasse coragem — É que eu não quero mais ficar assinando o nome dele. Sei lá, não parece certo. Eu prefiro ter o nome de vocês nos meus documentos, escolher outro sobrenome do Xan talvez, colocar o Antonelli...

Como Recuperar el TiempoOnde histórias criam vida. Descubra agora