ciudad de papel

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Boooa noitee! Bem-vindas ao capítulo que dá início à fanfic! Agora os jogos começaram pra valer. Desculpem qualquer erro que tenha passado batido, juro que tentei revisar do melhor jeito que deu kkkkk. Enfim, desfrutem e surtem comigo. Os próximos capítulos vão trazer maiores explicações. Nos vemos pelos comentários ou lá no Twitter (ilha_dafantasia).

ps: vale muito a pena ler esse capítulo com a música tema dele, tá?

XOXO

— Nós temos um filho? — O senti congelar.

— E-ele nasceu morto. — Minha voz falhou.

— Calma, Giovanna. Eu não estou entendendo nada. Respira, vamos comer alguma coisa e em casa você me conta tudo com calma. — Esfregou minhas costas.

...

Seu Alberto parou no primeiro Mc Donald's que achou aberto, Alexandre desceu para comprar o que quer que fosse e logo depois já estava no carro. Para mim, tudo parecia um grande borrão.

Só percebi que ele havia voltado quando senti um canudo nos meus lábios, Alexandre estava tentando me fazer beber a Coca a todo custo. Eu me senti perdida ali, não consegui raciocinar, apenas fui deixando ele me fazer beber e comer umas batatas.

Sabia que ele estava falando porque via sua boca mexendo, mas não conseguia escutar nada. O choro do nosso filho era o único som processado pela minha mente.

Eu odiava o dia 17 de maio.

— Amor, você precisa tentar comer o hambúrguer. — Me conectei com a realidade e percebi que ele estava com um Quarteirão Duplo estendido na minha direção.

— Tá quente aqui. — Reclamei tirando meu blazer e pegando o sanduíche.

— Pedi pro seu Alberto ligar o aquecedor, você precisa transpirar pra tirar um pouco desse álcool do corpo. — Alexandre arrumou meus cabelos em um rabo de cavalo baixo e frouxo e eu nem sei de onde saiu a xuxinha, só sei que ele estava cuidando de mim como ninguém cuidou antes. — Já estamos na Lagoa, chegando em casa te dou um banho frio.

Maneei a cabeça em positivo e continuei comendo meu hambúrguer enquanto ele segurava meu copo e me dava batatas. O encarei com os olhos marejados.

Não pude deixar de pensar no pai incrível que ele teria sido. Sorri imaginando o primeiro porre do nosso filho e Alexandre cuidando dele como estava cuidando de mim.

No mais íntimo do meu coração, eu jamais seria capaz de perdoar quem fez isso conosco. Fossem os meus pais ou o pai dele. Eles me tiraram a única coisa, verdadeiramente, boa que me aconteceu.

Pela primeira vez, subimos as escadas de seu prédio em silêncio, eu não conseguia parar de abraçá-lo, era como se ele fosse o último pedaço de chão sob os meus pés. Alexandre me levou para o banheiro, começou a tirar a própria roupa, eu via tudo de forma alheia, como se não fosse comigo. Tentei me despir, mas no final foi ele quem teve o trabalho.

Sei que a todo momento ele tentava conversar comigo, mas não tinha voz capaz de sair da minha garganta. Minha mente só conseguia trabalhar na imagem daquele bebê morto em meus braços depois de ter chorado valentemente ao nascer. Nada seria capaz de reparar esse pedaço quebrado do meu coração. Nem em mil anos.

Entramos no box, Ale me abraçou forte e ligou a água gelada numa pressão boa. Desabei. Tudo me levou de volta para aquele quarto insalubre.

Flashback

Narrador

Nero mandou que levassem o bebê dali e começou a despejar sobre Giovanna o que ela deveria fazer. Ela estava aérea, nada conectava dentro da sua cabeça.

Como Recuperar el TiempoOnde histórias criam vida. Descubra agora