Como Recuperar el Tiempo

igobernable

E vamos de capítulo 0 a 100 e 100 a 0, nenas! Agora vocês vão entender um pouco mais sobre quem é a Cleo... ela é uma diva. Desfrutem!

XOXO

A vida sendo sendo como ela é:

Eu me esquivava de toda e qualquer possibilidade de topar com Javier, mas, apesar das minhas tentativas de evitar esse encontro, ele conseguiu me convencer a ceder. Eu guardei segredo, sentindo-me como se estivesse cometendo um crime e, como sempre, Murphy entrou em ação e Alexandre apareceu no mesmo restaurante.

Não pude evitar a frustração ao vê-lo ali. O que ele estava fazendo na Barra? Ele não demorou a mostrar sua raiva, mas mesmo assim me beijou, marcando seu território. Eu também fiquei enciumada ao ver uma mulher ao seu lado, até descobrir que era a sua advogada. Mas de toda forma, a doutora não me desceu. Não sei se eram apenas minhas inseguranças, mas eu consegui farejar cheiro de cobra.

Depois de uma breve e educada troca de cumprimentos, focamos cada um em seu almoço.

Enquanto Javier tentava conversar comigo, eu não conseguia parar de pensar em Alexandre me arrastando para fora dali. Não, ele não faria isso, mas eu queria que fizesse. Fui trazida de volta para a realidade quando meu celular vibrou com uma mensagem que me pegou de surpresa.

"Giovanna, é a Alma. Tudo bem? Desculpa te mandar mensagem, não faria isso se não fosse importante. Vou direto ao ponto. Meu pai está doente, CA. Ele não para de chamar pela Valentina e eu não consigo falar com ela. Olha, eu entendo tudo o que vocês passaram por causa dele, mas o papai ama a sua filha mais do que qualquer pessoa. Quando descobrimos, o câncer já estava com metástase, é terminal. Conversa com ela, pede para que ela venha visitá-lo, por favor"

Era só o que me faltava! O velho com câncer e com saudades da minha filha. Faça-me o favor!

— Mensagem importante? — Javi me perguntou depois de algum tempo tentando chamar minha atenção.

— É a minha cunhada, nada relevante. — Dei um sorriso falso e busquei o olhar do Alexandre pelo restaurante.

Eu não sabia do câncer do velho, na verdade, não sei se ao menos ele sabia. Desde 17 de maio nós jogamos tudo o que remetia ao passado numa caixa de Pandora, mas pelo visto não poderíamos mais continuar ignorando tudo e todos.

Meu sangue ferveu quando vi a tal Brenda, a advogada, tocando na mão do meu namorado em cima da mesa. Seu rosto demonstrava descontentamento, ele não demorou dois segundos em deixar claro que seu toque não era bem-vindo.

— Ten certeza? — Ele insistiu tentando pegar minha mão e tive a mesma reação que Alexandre.

— Javi, deu minha hora. — Me levantei apressada e fui em direção à mesa do meu namorado.

Ele conversava sério com a Dra. Brenda, pude ouvir algo como "empresas" e "Nico e Valentina, além de Alma". Merda. Isso soava como um problema de herança.

— Licença, Dra. — Cheguei por trás do meu arquiteto, já o abraçando de forma íntima, aquele tipo de abraço mais casal impossível. — Amor, eu tô indo. Recebi uma mensagem da sua irmã e preciso falar com você sobre isso depois. — Disse com cuidado.

— Eu já acabei com a Dra., se você quiser posso te dar uma carona. — Ele respondeu rígido, como se estivesse desconfortável.

— Tudo bem, vou avisar seu Alberto pra ficar por conta da Valentina. Foi um prazer, Dra.!

Alexandre se agarrou à minha cintura como se quisesse me exibir ao mundo, bom, nesse caso, ele queria mesmo era me exibir para Javier. Talvez fosse um pouco doente da minha parte, mas eu amava quando ele ficava todo possessivo assim. Meu ex deu um sorriso amarelo pra gente, eu acenei e meu namorado só maneou a cabeça.