encontros e despedidas

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Oi, nenas! Tô viva e vim finalizar essa querida. Não voltei como antes, só vim cumprir minha palavra de que essa aqui seria finalizada mesmo. Tenham uma boa leitura e paciência, não vou conseguir atualizar na mesma frequência de antes.

"Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar"

- Encontros e Despedidas, Maria Rita


Alexandre

Os dias sem Giovanna pareciam mais longos do que o normal. Aproveitei esse tempo para resolver a nossa casa, sua única condição era continuar vendo o mar, por isso insistia tanto num apartamento.

Eu, particularmente, não aguentava mais morar em prédio. Seria horrível perder uma boa parte da minha convivência com a Lena, mas sabia que ela seria visita frequente lá em casa.

Queria mesmo era uma piscina, um quintal enorme e um São Bernardo, que Nico me pedia desde que vimos Beethoven. E ainda tinha esperança de colocar um bebê novo.

Milagrosamente, achei um lote à venda no Joá, posicionado bem em frente ao mar. Daria um pouco de trabalho e levaria um tempo para ficar pronto, teria que demolir o resto da construção que foi abandonada, mas nada que fosse me fazer desistir de atender ao desejo dela de acordar olhando o Atlântico.

Eu alugaria um apartamento maior pela Barra enquanto o projeto tomasse forma.

Quase na hora de sair para buscar Giovanna e Valentina no aeroporto, recebi uma ligação da minha irmã. Meu pai estava internado há duas semanas, a ponto de morrer. Ele a mandou ligar para falar que eu e Giovanna precisávamos ir lá.

Fazer o que? Era uma incógnita.

Nós acabamos resolvendo ir depois do meu aniversário, faltava cinco dias. Ele não iria morrer tão rápido.

Aproveitamos que Giovanna ficaria em recesso até passar o carnaval para adiantar as coisas do nosso casamento e visitar apartamentos. Conseguimos fechar tudo, inclusive nossos convites, que não foram lá muito tradicionais. Nem poderiam, nenhum dos nossos pais estava convidando ou ao menos convidado.

Por mais que eu considerasse chamar seu Giovanne e dona Marta, essa era uma escolha que cabia única e exclusivamente à minha mulher. Eu sempre me dei bem com o pai dela e quando Valentina chegou acabei me dando bem com a mãe dela também, afinal, nós dois vivíamos dividindo as funções e demandas da minha filha.

Eu não saberia explicar o que me fez cuidar tanto daquele bebê, não sei se foi a ausência de Giovanna ou simplesmente instinto. Quando vi Valentina pela primeira vez, soube que ela precisava de mim e, consequentemente, eu precisava dela.

Meu mundo estava destruído sem o amor da minha vida e soube que, se não me apegasse a algum propósito, minha vida também seria destruída. Valentina foi o meu propósito por muito tempo, até que eu me senti seguro o suficiente para seguir.

Nostalgia sempre combinou com os poucos dias anteriores ao meu aniversário, mas dessa vez eu podia contar com as três pessoas que eu mais amava no mundo ao meu lado. Giovanna, Valentina e Nico. Eles faziam tudo valer a pena.

— Acho que é esse, vida. — Minha mulher sussurrou para que o corretor não ouvisse.

Estávamos no 4º apartamento do dia. Esse era bem espaçoso, duplex, em frente à praia e dava pra ir a pé até a Vanilla. Inversão total... eu sairia do Leblon, onde chegava ao meu escritório em menos de 5 minutos andando, para dar esse conforto para as duas donas do meu coração.

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⏰ Última atualização: Aug 24 ⏰

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