☆𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 𝟕☆

37 9 70
                                    


Acordei assustada no meu quarto, desci as escadas desesperada procurando o Kazuki, mas não o encontro. De repente, alguém bate na porta e, ainda de pijama e com os cabelos bagunçados, fui ver a porta e lá estavam eles: Rion e Charlotte. Impossível! Esse sonhos estava tão real!

— Mia! Você está de pijama! — Rion imediatamente tampou seus olhos e a garota do seu lado também fez o mesmo ato.

— Rion, cadê o Kazuki? — Peguei na gola da sua blusa, o obrigando a olhar pra mim todo corado.

— Quem é Kazuki? Mia, você está delirando!

Não faz sentido... eu sei que foi real! Meus pensamentos foram interrompidos por uma voz familiar, ao olhar para trás, surgiu aquele mesmo guarda que me machucou no sonho.

— Você estará condenada a morte! — Essas foram as últimas palavras que escutei após receber um golpe da sua lança encravando no meu pescoço por trás.

Imediatamente acordo com a voz do Kazuki me acordando. Pulei de susto por conta do pesadelo e meus olhos miraram no moreno que entrava na caverna.

— Bom dia, Mia! Você dormiu bem? — Me sentei deixando minha perna machucada de lado.

— Não...

— O que houve? — Se sentou ao meu lado.

— Tive um pesadelo... — Falei chateada enquanto ele me observava. Parecia que ele entendia dessa situação.

— Quer falar sobre?

— Não precisa... está tudo bem, eu acho.

— Eu sei o que vai te fazer feliz! — Ergueu um prato com dois ovos e duas folhas em cima. — Você come ovos?

— Como sim. Que folhas você usou? E de onde você tirou esse prato e esse talher?

— Eu voltei na vila e peguei mais coisas pra nós. Então aproveitei para pegar um prato e talher. Vamos passar meses acampando e não quero que você coma em qualquer lugar. — Ele falou com um sorriso no rosto e me entregou o prato. — Ah! E a planta eu peguei no teu jardim. Não sei o que é, mas que é comestível é.

Um sorriso escapou do meu rosto enquanto pegava o prato.

— Você acha que esse plano vai dar certo? — Perguntei olhando para os ovos mexidos.

— Claro que vai dar! Você tem eu como guarda costas.

— É mas... e se der tudo errado? O que vai acontecer com meus amigos, com a gente?

— Escute Mia, vai ficar tudo bem. — Seu sorriso simpático aumentou mais ainda e com seus olhos brilhantes demonstravam confiança, o que não achava antes. Ele apenas falou orgulhoso e com um sorriso lindo. — Mantenha a cabeça erguida! É claro que a jornada não será fácil, mas ninguém falou que seria impossível! Prometo, que no final dessa jornada, irei mudar a sua vida até você viver do jeitinho que você quer.

Seu jeito de falar, agir, era tão natural que não havia outra escolha a não ser confiar nas suas palavras, mas eu sou muito medrosa, então ainda estou com um pé atrás com tudo isso. Terminamos nosso café e com a ajuda do homem, conseguimos ir para a trilha nova para mim.

— Onde estamos indo agora? — Perguntei sendo carregada pelo Kazuki. Seus braços eram enormes que me carregavam como se fosse um papel, admito que estava gostando daquilo, ninguém nunca me segurou assim antes.

— Ao reino próximo, de acordo com essa trilha e aquela torre, tenho certeza que iremos chegar ao palácio desse reino.

— Se está dizendo.

O caminho não era longo, mas também não era curto. No meio do caminho, senti algumas dores não só na perna, mas também na cabeça. Kazuki notou meu desconforto, então paramos debaixo de uma árvore, onde fazia sombra, me deixou no chão com muito cuidado e perguntou preocupado:

— Mia? Está tudo bem? — Perguntou se agachando do meu lado.

— Não muito, minha perna começou a doer e a minha cabeça também.

— Tem certeza que você consegue aguentar até chegar lá?

— Pra ser sincera, não...

— Olá, amigos, há algum dilema? Alguma questão que os esquema? Estou aqui, pronto para ajudar, com soluções que vão desembaraçar! — Um comerciante com seu carrinho de mão cheio de mercadorias se aproximou de nós preocupado. Ele era metade homem e metade boi, com duas patas apenas. Ele parecia simpático e parecia querer ajudar a gente.

— Minha amiga se feriu ontem, agora ela está com dor e não consegue andar direito. — Kazuki explicou e o minotauro ficou pensativo e respondeu com seu carisma de vendedor.

— Já sei o que ela precisa! — Foi até o seu carrinho de madeira, vasculhando bastante, achou um frasco pequeno com um desenho de "+" na frente desenhado e entregou para o moreno. — Não se preocupe, jovem, pois, com isso, contém tudo o que concisa!

— Desculpe, mas não temos dinheiro o suficiente para pagar por isso. — Ele responde.

— Ah, tentei vender, mas ninguém quis, acharam caro, não houve bis. Agora, sem venda em meu roteiro, entrego à amiga, como um feiticeiro. — Suas rimas eram de se admirar com tanta habilidade na gramática. Mas com todo esse potencial, eu consegui entender quase nada com o que ele disse.

— Uau! Obrigado mesmo, te devo uma! — O moreno pegou a poção e o comerciante continuo.

— Sem problemas, meu amigo, com alegria eu fiz, conheço Mia e seu negócio, não é um blefe. Famosa no reino, minha fama é um viés, ajudando uma amiga, é o que o coração me diz! Agora parto, família a zelar, Cuidar e alimentar, sem hesitar! — Saiu contente com tal atitude enquanto empurrava seu carrinho de mão.

Ao sair de perto de nós, puxei o homem pra mais perto e peguei sussurrando em seu ouvido.

— O que ele falou? Eu sei que ele sabe rimar, mas essa parte da gramática eu ainda não cheguei.

— Simples, ele soube quem era você e deu essa poção pra você de graça. Agora beba um pouco, aposto que vai se curar rapidinho.

— Tudo bem, mas espera, como ele me conhece?

— Não sei, ele não explicou isso não.

Confusa com a situação, apenas deixo de lado tal pensamento e bebo um pouco da poção. Ela é verde num frasco pequeno de vidro e com um desenho nele. Achei muito fofo, mas ele tem gosto de água adocicada, o que eu achei estranho. Minha perna se regenera rapidamente e minha dor de cabeça passou. Kazuki, aos poucos, retirou as ataduras da minha perna e ela estava 100% curada. Me surpreendi muito.

﹒⌗﹒🌼﹒౨ৎ˚₊‧

Nota da autora:

O que acharam do capítulo?

Comentem, deixe um coraçãozinho pra me ajudar a engajar, agradeceria demais!

Tudo por VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora