Capítulo 8: Um homem pedindo um dálmata em namoro.

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Isa Lopes

-Desde quando ocê tem uma moto, Lorenzo?

-Dos tempos.

-Como eu nunca soube disso, menino?

-Esqueci de falar.

Seus braços fortes alcançam minha cintura. Logo, toda extensão do meu corpo se arrepia. Seu sorriso floresce no canto da boca lentamente. Eu realmente devo ter parentesco com algum pimentão, do mais vermelho existente.

-Você fica um amorzinho corada.- Lorenzo fala baixo demais a última parte.- uma gracinha.

-Está flertando comigo, Lorenzo?

-Talvez, pequena.

Se eu estava vermelha, agora então, estou 5× mais. Sua risada é curta e ele me analisa por inteira.

-Vamos passar lá na Sasa. Acho que vai gostar do trabalho dela.

-Espera! Aqui tá quente demais, sô. Vou subir pra prender o cabelo.

-Não precisa, ruiva. Esqueceu que eu sempre carrego um elástico de cabelo no punho para esse tipo de situação?

-Ainda bem, se não eu iria derreter igual sorvete.

Subo na moto, maravilhosa por sinal, logo após arrumar o cabelo. A brisa bate contra meu rosto por isso começo a sorrir involuntariamente.

Seguro firme em sua cintura, com medo de cair. Esse cara não bate bem da cabeça, ele está pilotando rápido demais e dando risada.

Vamos se aproximando de um lugar lindo e consequentemente a velocidade vai diminuindo. Desço com certa dificuldade, porém não me importo.

Adentro o local seguida por Lorenzo Duarte, que é o dobro do meu tamanho, quem olha assim até pensa que é um homem decente.

-Oxente! Vocês por aqui?

-Resolvemos fazer uma visita, Sasa. Aliás, um convite também.

-Que convite, menino?- Inclino minha cabeça em direção a sua buscando seu olhar penetrante e sussurro logo em seguida.

-Quando o expediente acabar vamos em um restaurante novo na praia?

-Vamos, claro! Tu pode vir me buscar?

-Sim, sim. Vou cobrar a corrida viu.

-Fecha a cara, Lorenzo.

-Sabrina, faz um café com leite e pouco açúcar para ela.

-Uai, num precisa não homi.

Debatemos mais alguns minutos, contudo aceitei no final. Peguei meu café e fomos para o estacionamento, pois Sasa não parava de conversar comigo e o estabelecimento estava cheio.

-Obrigada, girafa!

-Oxi. Por que está me comparando a um animal do tamanho desse lugar?

-Ocê é alto demais, Lorenzo.

-Nada haver. Tu que esqueceu de crescer, pequena.

-Cala boca, diacho.

Subo na moto contrariada, diferente do garoto que tinha um sorriso lindo, com covinhas que são capazes de fazer minha raiva se dissipar na mesma hora, e para completar os olhinhos quase fechando por conta do sol.

Algumas horas tinham se passado e já havíamos arrumado tudo, ou melhor, quase tudo. Martins estava ensaiando o pedido de namoro com Shawn, que o olhava com a cabeça inclinada e as orelhas levemente levantadas. Eu encarava a cena com certa surpresa, realmente, não é todo dia que se vê isso.

Um homem pedindo um dálmata em namoro.

-Que diabo você tá aprontando com meu filho?

Lorenzo chega quase arrombando a porta com sua pressa, o que chega a ser engraçado. Em consequência, nosso filho começa a pular em volta do pai pedindo carinho.

-Oie garotão do papai! Isa vem comigo e Martins, isso tá muito estranho.

A forma que ele sorri faz minha mente ficar em alerta, pois sei que está aprontando algo. Não espero muito e me levanto da cama indo em direção a porta.

Sinto algo macio bater em minhas costas causando um leve barulho. Esse garoto não me deixa em paz.

-Guerra de travesseiro, ruiva.

Esse cara é louco só pode. Parece uma criança super chata. Sinto vários travesseiros baterem na extensão do meu corpo.

Em uma rapidez pego alguns do chão e começo a jogar contra o garoto. Minha mira é ótima por sinal. Depois de certo tempo nessa brincadeira encaro o garoto.

Me deparo com Lorenzo com uma fronha na cabeça e os braços enfiados em outras duas. Na mesma hora começo a rir sem parar.

Foto do lorenzo:

Seu corpo começa a se locomover em minha direção, me levantando e nos rodando

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Seu corpo começa a se locomover em minha direção, me levantando e nos rodando. Minhas gargalhadas se intensificam ainda mais.

Jogo a cabeça para trás sem conseguir controlar a crise de risos. Neste momento não me importei com o cabelo bagunçado ou com meu rosto corado.

Minhas mãos, que antes estavam batendo em suas costas, retiram a fronha. Permitindo-me observar o rosto redondinho do Lorenzo.

Passo a mão pelo seu cabelo numa tentativa de organizar os fios desalinhados. Não me importo com seu olhar indecifrável ou com seu modo desastrado de tentar me fazer rir com caretas.

-Já está no horário de buscar a Sabrina?

-Já. Por que?

-Porque senão eu ia fazer coqueirinho no seu cabelo. Ia ficar mó bonitin.

Ele ri e suas covinhas aparecem novamente. Meu Deus do céu elas são lindas demais. Estou começando a achar que tenho uma quedinha por elas.

-Tchau, pequena. Ah! Não acabamos ainda a nossa programação. Quero apreciar suas habilidades de cabeleireira.

Seus braços fortes, e de brinde veias saltando, me colocam no chão novamente. Antes de partir ele beija o topo da minha cabeça e pega suas chaves.

Nota da autora

Galera é o seguinte na próxima semana começam as minhas provas( duram umas 2 semanas) nesse meio tempo eu pretendo escrever bastante e soltar alguns capítulos depois. Minha rotina está mais puxada ainda esses tempos, porém juro que sempre que dá eu escrevo algo.
Um beijão para todos vocês!💗💗

Sob o mesmo teto: Quatro paredes, quatro destinos entrelaçados.Onde histórias criam vida. Descubra agora