Sozinha

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Pov. Adrien

O sinal indicando o intervalo finalmente tocou, não tava mais aguentando tanta matemática. Logo fiquei de pé e parei de frente pra Marinette que havia acabado de se levantar.

— Sabe que precisamos conversar, não é? – digo colocando as mãos nos bolsos. Marinette olhou pro lado onde Alya estava, pude ver de relance que ela nos olhava desconfiada.

— Sobre o que? – perguntou assim que todos saíram da sala – Sobre o fato de você ter me encurralado quando eu estava perto de me destransformar ou por você estar agindo como um completo idiota?

— Esse é quem eu sou, e por que tá agindo dessa forma? O que você tem, hein?

— Eu é que pergunto. Por que tá agindo dessa forma? Até ontem você ficava suspirando por mim que nem um idiota, e mal conseguia falar comigo, quanto mais chegar perto de mim. Que foi? Perdeu a vergonha? – disse de modo debochado. Aquelas palavras me atingiram que nem soco no estômago.

Depois da nossa conversa ontem, quando Marinette saiu, algumas lágrimas incontroláveis escorreram dos meus olhos. Naquele momento, meu maior desejo era gritar.

Descobri que Marinette me amava e não iria deixar que ela escapasse das minhas mãos. Iria mostrar pra ela quem eu sou de verdade, e iria fazer de tudo pra Marinette me amar.

— Eu sempre fui assim, você é que não via. E depois de ontem, eu não sou mais o mesmo e tenho certeza que você também não é.

— Tem razão, nós dois mudamos, mas isso não quer dizer que a gente tenha que se falar – disse fria – Agora se me der licença – antes que ela saísse, segurei seu braço – O que você... – puxei ela com mais força e juntei nossos lábios. Finalmente consegui fazer o que tanto queria. Beijar Marinette.

O momento seria perfeito, se ela com certeza não estivesse brava comigo.

O beijo não durou muito, pois Marinette conseguiu me empurrar, logo deu um tapa forte na minha bochecha, que virei o rosto com a mão sobre o local.

— Nunca mais volte a fazer isso! – ela disse irritada.

— Acho que mereci essa – eu fraco. Depois sorri convencido – Mas sei que você gostou.

— Eu não...

— Não adianta negar – me aproximei sussurrando no ouvido dela com a voz rouca, estilo Claw Noir – Isso é o começo da nossa história, princesa. Você ainda não viu nada – me afastei dela dando uma piscadinha junto com um sorriso convencido. Saí da sala dando uma risada, deixando uma Marinette brava, confusa e possivelmente apaixonada.

***

Depois que o sinal tocou, vi Marinette juntando suas coisas bem rápido, porém eu queria conversar com ela. Pra isso, coloquei o pé na frente dela, fazendo a azulada cair.

— Marinette! – Nathaniel correu até ela e estendeu a mão – Você tá bem? – revirei os olhos com a intromissão do ruivo.

— Tô sim, valeu Nathaniel – disse ela se levantando.

— Dá o fora cabeça de tomate! – segurei o braço de Marinette olhando com raiva pra Nathaniel.

Shatter MeOnde histórias criam vida. Descubra agora