Acompanhada

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Pov. Marinette

Me inclinei pra trás um pouco perplexa com a resposta de Adrien. Confesso que não tava esperando esse tipo de declaração. Olhei pros lados tentando encontrar alguma desculpa pra fazer ele ir embora, ou só pra sair dessa situação embaraçosa.

- Er... – coloquei a mão na nuca – Já tá tarde, é melhor você ir embora.

- Mas e as perguntas?

- Acho que já temos o suficiente pra escrever o artigo – na verdade eu só queria que ele fosse embora. Tava muito nervosa.

- Beleza, então – Adrien reuniu suas coisas e se levantou – Até mais.

- Até – assim que ele saiu, suspirei aliviada. Andei até o divã e me joguei nele com as mãos na barriga.

Sei que posso ter sido um pouco grossa mandando ele ir embora, mas eu fiquei nervosa depois do que ele disse. Não sabia onde enfiar minha cara, então meio que agi por impulso.

Acho que depois eu vou me desculpar com ele, agora eu só quero descansar.

***

Finalmente chegou minha hora preferida do dia – depois de comer –, dormir. Deitei em minha cama, estava terminando de me ajeitar nas cobertas, quando escuto uma voz.

- Já vai dormir, princesa? A diversão estava prestes a começar! – ao ouvir a voz estranha, liguei o pequeno abajur que tinha perto da cama, e ao olhar pra baixo, vi Adrien trajado de Claw Noir.

- Só pode ser brincadeira. O que tá fazendo aqui?

- Vim ver você, princesa.

- "Vim ver você, princesa" – imitei a voz do garoto com tom de deboche – Isso são horas de visitar alguém? – perguntei enquanto descia da cama, ficando de frente pra ele com os braços cruzados.

- Nem notei a hora. A propósito, belo pijama. Realça suas curvas – senti meu rosto ficar quente. Balancei a cabeça rápido.

- Já chega! – disse com certa raiva – Boa noite, Agreste – empurrei ele em direção a janela.

- Ei, pera lá! Eu acabei de chegar – ele passou pelos meus braços e se jogou na minha cama.

- Adrien, saí daí!

- Não – disse com deboche.

- Adrien, é sério. Saí daí, seu idiota! – tava com tanta raiva dele, que daqui a pouco iria pular em cima dele e enforca-lo.

- E por que eu iria sair? – disse se acomodando no travesseiro.

- Porque essa é a minha casa e você está na minha cama – ele me olhou como se não ligasse e bocejou. Essa foi a gota d'água pra mim.

Subi na cama, ficando ao seu lado, e comecei o puxar. Ficamos nessa pequena guerra por alguns minutos, até que eu cansei e caí ao lado dele.

- Eu desisto.

- Finalmente! Você tava quase arrancando meu braço de tanto que o puxou.

Shatter MeOnde histórias criam vida. Descubra agora