Shatter Me

Enciumada

Pov. Marinette

Cheguei na escola decidida a conversar com Adrien, porém percebi que ele ainda não tinha chegado. Como eu não vi nem Alya e nem Nino, decidi ficar sentada em um dos degraus da escada principal, esperando algum deles chegar.

O carro de Adrien logo parou em frente a escola e quando ele desceu, um sorriso formou em meu rosto. Me aproximei e tentei acenar, porém, um grupo de garotas passou na minha frente, correndo que nem doidas até Adrien.

Elas logo formaram um ciclo ao redor de Adrien, pedindo autógrafos e fotos.

- Adrien! – tentei chamar ele acenando, mas não adiantou. Senti meu sangue ferver quando ele deu um sorriso pra uma garota, fechando meu punho.

Entrei na escola totalmente frustrada. Ao entrar na sala, dei de cara com Alya e Nino. Por onde eles entraram que eu não vi?

- Ah, oi Mari! Eu entrei mais cedo porque o Nino me pediu ajuda com o dever de física – Alya respondeu minha pergunta que fiz mentalmente.

- Sem problemas – sorri minimamente.

Logo o sinal tocou e todos entraram. Adrien entrou na sala e logo em seguida, a professora entrou.

- Bom dia, alunos. Primeiramente eu gostaria de dizer que corrigi os trabalhos de vocês sobre Paris, e devo dizer que todos ficaram muito bons – bufei só de lembrar do meu artigo sobre o Claw Noir, ou melhor, Adrien – E irei entregá-los agora, pra que vocês apresentem pra classe.

- O quê?! – falei assustada – O que acontece se eu não ler?

- Irá perder pontos, Marinette – murmurei um "droga" depois da fala dela. Eu tava nervosa, como eu ia falar de um trabalho sobre mim e o Adrien?

Nem prestei atenção nos outros alunos, só na apresentação da Alya, ela me pediu pra gravar, nem eu sei porquê. Quando me dei conta, a professora já tinha falado meu nome e de Adrien, nos chamando pra frente da sala. Paramos lado a lado e eu pude ver que ele também tava nervoso.

- Podem começar – falou a professora.

- Começa você – sussurrei pra ele, cutucando seu braço com o meu cotovelo.

- Tá bem – pigarreou – Nosso trabalho é sobre a Shadybug e o Claw Noir, os temidos vilões de Paris – temidos é pouco, pensei sorrindo – Embora não tenhamos muitas informações sobre a Shadybug, através de suas ações é possível ver que ela tem um coração maligno, assim como a maioria de nós – todos da sala riram, menos Alya e Nino. Eles eram bonzinhos demais pra fazerem maldades, mas eu gostava deles – Shadybug está sempre disposta a derrotar os heróis trazidos por Butterfly, que são claramente ridículos, assim como ele. Ninguém nessa cidade acredita em heróis e Butterfly quer trazer um mundo de paz e amor pra gente, como se o Supremo fosse permitir. E principalmente Shadybug e Claw Noir. Mas hoje eu vim falar da baratinha... Digo, da Shadybug – revirei os olhos com esse apelido – E acredito também que Shadybug faz suas maldades não só com o seu traje, mas também em sua vida pessoal. Sempre está enfrentando os heróis, a nossa joaninha dá tudo de si pra sempre vencer no final, mas claro que ela nunca seria capaz de vencer sem seu parceiro bonitão – fiz expressão de nojo, enquanto Adrien dava um de seus sorrisos convencidos – Enfim, posso dizer que Shadybug é uma vilã esplêndida, além de ser linda, e também uma pessoa super irritada. Não pode ouvir um trocadilho de Claw Noir e já se irrita – quem tá me irritando é esse moleque chato do meu lado, pensei batendo o pé no chão e cruzando os braços – Mas, apesar dela ser irritadinha e muito mandona, ela sempre está disposta a lutar e não desisti até conseguir. Temos sorte de ter uma vilã como ela. Mas que já fiquei claro, ela já é do Claw Noir, então podem parar de pensar que um dia iram ficar com ela. Essa joaninha já tem dono – a sala riu novamente e logo todos aplaudiram. Esse Adrien não tem jeito – Sua vez, princesa – sussurrou pra mim.