Disputada

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Pov. Marinette

Eu gostava dos domingos, principalmente porque nesse dia eu não tenho que fazer nada além de dormir.

Pra minha sorte, o dia passou calmo, e não teve sinal do Butterfly e de nenhum ajudante irritante dele.

Na manhã seguinte, acordei cedo, dessa vez não estava atrasada. Cheguei cedo na escola, tão cedo que nem Nino e nem Alya haviam chegado. Nem Adrien.

Bom dia Marinette! – me virei pra trás, me deparando com Nathaniel.

— Bom dia Nath – esse era o apelido dele. Era melhor que cabeça de tomate que Adrien inventou pra ele.

— Como você tá?

— Bem, pelo menos até a aula começar. Odeio estudar – o ruivo riu – E você?

— Também vou bem, por enquanto – agora foi minha vez de rir – Marinette, eu queria saber se voc..

— Bom dia flor do dia! – escutamos uma voz bem conhecida por ambos. Me virei e vejo Adrien vindo até nós.

— Oi Adrien – eu e Nathaniel respondemos juntos e desanimados. Adrien nos encarou arqueando a sobrancelha.

— Tô atrapalhando algo?

— Na verdade...

— Que ótimo! – abriu os braços, cortando novamente a fala do ruivo ao meu lado – Tava mesmo precisando falar com você – apontou pra mim – Pode vim comigo por favor?

— Ó garoto, não vê que eu tô conversando agora? – disse em um tom meio arrogante, enquanto colocava a mão na cintura.

— Quero falar sobre o trabalho. Posso roubar a Marinette de você um pouquinho, Nathaniel? É claro que eu posso, já que ela não é sua – o loiro deu uma risada sarcástica.

Antes que eu pudesse dizer algo, ele me puxou pela mão até a sala de aula.

— O que você quer, garoto?

— Terminei meu artigo sobre você – sorriu largo – Quer ler?

— Não obrigada. Também terminei o meu sobre você.

— Ué, porque você não quer ler? Eu juro que não coloquei nenhuma ofensa sobre você.

— Porque eu quero ver o que a professora vai achar primeiro.

— Entendi. Mas posso pelo menos ler o que você escreveu sobre mim?

— Não – disse indo até meu lugar e me sentando.

— E por que não? – Adrien me seguiu.

— Já disse. Quero ver o que a professora vai achar primeiro.

— Você vai ser tão malvada assim? – ele fez beiço.

— Sim! Por isso que sou uma vilã. Uma das melhores inclusive – sorri convencida.

— E uma das mais reclamonas também – disse sussurrando, porém eu escutei. Dei um tapa em seu braço, o fazendo rir.

— Idiota... – não pude conter um sorriso. Ainda bem que ele não viu.

Shatter MeOnde histórias criam vida. Descubra agora