Perplexa

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Pov. Marinette

Estava jogada na cama, enquanto conversava com Alya através de ligação.

- E então, o que ele disse? – Alya perguntou curiosa.

- Que era algo importante, mas que não precisava mais. O que será que ele queria me dizer?

- Ih, amiga, não sei. Mas eu acho que ele ia te chamar pra sair.

- Por que acha isso?

- Eu sempre suspeitei que o Nathaniel tinha quedinha por você. As olhadas que ele te dava, o jeito de falar, o sorriso tímido, parecia coisa de apaixonado. Mas talvez seja só coisa da minha cabeça mesmo.

- É, com certeza é coisa da sua cabeça.

- Bom, preciso ir. Tchauzinho amiga.

- Tchau – desliguei o celular.

Será que a Alya tá certa sobre o Nathaniel querer me chamar pra sair? Quer dizer, somos amigos, mas a gente não tem nada haver e eu não vejo ele como meu namorado.

De qualquer forma, foi estranha a atitude dele. Antes da aula ele parecia empolgado em falar comigo, mas agora disse que não era nada importante e que não precisava mais. Isso tudo aconteceu quando o Adrien foi falar com ele no intervalo.

Por que acho que tem o dedo do Adrien Agreste no meio?

Bom, é melhor eu parar de pensar isso e fazer meu dever de física.

***

- Marinette Dupain-Cheng! – acordei meio atordoada, sentindo dores nas costas e no pescoço – Eu não acredito que você dormiu fazendo seus deveres de casa! – minha mãe me repreendeu.

- Ah, mãe, dá um tempo – reclamei colocando a mão na testa.

- Tempo é o que você não tem. Por conta disso, você tá meia hora atrasada! – disse brava, o que não é nenhuma novidade. Essa mulher precisa se tratar, só vive brava.

- Tá, tá, eu já desço – esfreguei meus olhos enquanto bocejava.

Assim que terminei de me arrumar, corri até a padaria e peguei um croissant e fui correndo até a escola. Entrei na sala, a professora já tava aplicando coisa no quadro. Sentei no meu lugar discretamente.

- Não vou nem perguntar – disse Alya.

- É, nem pergunte mesmo – a morena riu de leve.

Passei a aula toda encarando Adrien, que parecia quieto demais. Eu tava começando a me sentir vazia e um tanto triste sem as piadas inoportunas do meu parceiro. Porém tudo mudou na troca de períodos quando ele virou pra trás dando um sorriso.

- Sentiu falta da minha bela voz, baratinha?

- Nossa, achei que você não conseguiria ficar dez minutos sem falar algo – revirei os olhos.

- Vou tomar isso como um sim.

- Claro que é – ironizei.

Shatter MeOnde histórias criam vida. Descubra agora