Capítulo 13

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Logan

— Você é dono do time? — Fernanda me puxa para um canto só para gritar comigo em um sussurro depois que a apresentei ao gerente do time. — Como você foi capaz de me deixar torcer para o time de azul, Logan Spencer, e depois me trazer direto para a cova dos leões? Você já reparou que um jogador de basquete tem a mão tão grande que dá a volta na minha coxa inteira?! Não gosto nem de pensar no meu pescoço entre qualquer um daqueles pares de mãos! Aí, tem um vindo aqui.

Fernanda segura meus ombros e me empurra até que eu fique na sua frente para que se esconda atrás de mim. Solto uma risada. Nunca fiquei tão feliz quanto estou me sentindo hoje com esse jogo emocionante e ela do meu lado.

Cumprimento o jogador aposentado que veio só para assistir. Tenho a impressão de que ela só vê o tamanho e automaticamente assume que é um dos jogadores do meu time. Mas todos eles estão no vestiário se preparando para o próximo tempo.

— Eu avisei para não deixar ninguém te ver torcendo contra — digo a ela assim que voltamos a ficar só nós dois, não totalmente, porque sempre ergo a mão ou aceno com a cabeça para cumprimentar alguém. E é justamente quando estou distraído que a endiabrada me dá um beliscão. — Aí, Fernanda!

— Aí o caramba! Você devia ter me avisado!

— Eu disse uma porção de vezes para você torcer para o meu time.

— Isso é muito genérico, Logan. Você devia ter falado para eu torcer para o time que você é dono, aí sim eu teria entendido.

— Como eu ia adivinhar que você não sabia que sou um empresário famoso justamente por ser dono de um time de basquete? A empresa da sua família fundiu com a da minha e tem quase dois anos que a gente se conhece. Sem contar que estamos noivos. Ou seja, eu é que estou surpreso por você não saber disso.

— Já disse. Não saio pesquisando sobre as pessoas por aí. E tenho coisa mais importante para fazer da vida do quer ficar lendo fofocas sobre você! E não estamos noivos.

— Para todos os efeitos, estamos sim.

O celular dela começa a tocar. Ela olha para o identificador e então para o ambiente ao nosso redor.

— Eu preciso atender essa ligação. O Kurt ficou de me avisar se vou ou não ser escalada para o ensaio de amanhã.

— Tem uma sala aqui do lado que provavelmente está vazia. — Ela scaneia o ambiente ao nosso redor e não atende o celular, nem mesmo sai do lugar. — Ninguém vai te assassinar, babe. Só torça para o meu time no próximo tempo.

— Certo.

Ela atende à ligação enquanto sai do box em busca da outra sala. A observo se afastar. Meus olhos só desgrudam dela quando um amigo do ramo de negócios se aproxima de mim.

— Spencer, meu amigo, como sempre você só desfila com as mais lindas beldades.

— Você só se refere a ela dessa forma porque não a conheceu. Queria ver o que diria se conhecesse aquela mente ardilosa.

Relanceio um olhar para a entrada do box.

— Pelo visto, eu diria que ela é uma versão sua infinitamente mais linda e atraente.

— Também é um jeito de a definir bem. — Mais uma vez, fico atento à entrada.

— Bom. Eu não vou te submeter à minha companhia quando tem uma mulher bem mais interessante do que eu para fazer isso. Foi bom recebê-lo. E parabéns pelo time. A equipe dessa temporada está sensacional.

Agradeço enquanto dou batinhas no seu ombro e saio do box à procura da Fernanda. O segundo tempo já vai começar e preciso avisá-la.

Entro na salinha que disse a ela e a encontro com as luzes apagadas, mas Fernanda está de costas para mim, ainda conversando no celular, enquanto observa o ginásio pelas vitrines. Provavelmente na pressa, ela se esqueceu de acender as luzes e as mantenho assim.

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