12 - Abraço

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― Mentira ― Pitel negou colocando a mão na boca, enquanto encarava sua amiga se arrumar apressadamente ― Tá brincado, né?

― Não, Pitel! Já te disse que tô falando sério. ― Fernanda fala, enquanto termina de amarrar seu vestido através do espelho.

― Menina... tu ficou com a bonitinha das tapiocas? ― Pitel se sentou na cama ― E agora tá indo se encontrar com ela? De novo?

― Obrigada por finalmente entender.

― Vocês vão conversar sobre o quê? Ela quer de novo? ― Pitel disse ignorando o comentário da amiga.

― Pitel! Não sei, eu acho que ela se arrependeu e tá abalada, então eu opinei nos encontrarmos ― Fernanda passava uma base de forma rápida em seu rosto.

― Você que pensa, ela quer marcar outra rapidinha ― Pitel falou gargalhando, mas parou mostrando que está ainda desacreditada.

― Eu já vou indo ― Fernanda pegou seu celular em cima da cama.

― E tu vai me deixar sozinha aqui mesmo, é?

― Sim, desculpa. Eu não vou demorar. ― Deixou um beijo na cabeça da amiga. ― Tchau ― Fernanda disse saindo do quarto de hotel dela com a amiga.

[...]

Fernanda andava apressadamente pelo calçadão, mas assim que viu de longe um figura feminina familiar sentada em um banco, dentro da sorveteria, fingiu andar devagar enquanto mexia no seu celular.

― Você se atrasou. ― Alane fala enquanto Fernanda se senta em sua frente.

― Quantos vezes vou ter que te dizer, que a pressa é inimiga da perfeição? ― Fernanda falou em tom irônico.

― Quantas vezes for preciso! Eu não acredito nesse ditado. ― Fernanda negou com a cabeça. E assim, um silêncio desconfortável se formou.

― Então... ― Fernanda disse limpando a garganta. ― Voce já pediu? ― Se referiu ao sorvete.

― Não, eu ia pedir, mas não sabia qual sabor você ia querer.

Ao concordarem que iriam querer o sabor de menta. Fernanda caminhou até a mulher que atendia outras pessoas, depois de um tempo, ela finalmente foi atendida. Logo trazendo duas tigelas de sorvete.

― Aqui ― Falou empurrando a tigela até Alane, que sorriu pegando uma colher.

Depois de um silêncio desconfortável e traumatizante de uns 5 minutos. Alane resolveu falar algo.

― Sejamos diretas ― falou enquanto brincava com sua colher a afincando nas bolas de sorvete. ― Sabe porque estamos aqui. ― Fernanda sacudiu a cabeça em sinal de afirmação.

― Olha...― bufou ― sinceramente, eu preferiria senti a dor de sair do BBB de novo, do que a sensação de ter me relacionado com você ― Fernanda assentiu, entendia o lado da garota. ― Pra você deve tá sendo normal, Fernanda. Mas você tem noção de que eu fiquei com VOCÊ? ― Alane falou apreensiva, mordendo os lábios.

― Não que o problema seja exatamente você... Mas é que depois da nossa briga, o público acha que a gente se odeia, mesmo vendo nossas interações, sabe? O que eles iriam achar se descobrissem? Tesão acomulado? ― Alane falou séria,  mas arrancou uma risada gostosa de Fernanda.

― Olha, Alane ― Fernanda respirou fundo ― tô achando que você tá se ligando demais no que os outros vão pensar e tá deixando de lado o que realmente importa: você mesma. Primeiramente, você tem que pensar em você, aí sim pensar no que o público acha. Mas tá rolando de você se preocupar mais com a opinião deles do que com a sua própria. ― Fernanda pegou uma colher de sorvete, enquanto Alane refletia ― Já parou pra pensar no que você, só você, pensa sobre tudo isso? ― Por fim, levou a colher à boca.

Pós BBB | Ferlane Onde histórias criam vida. Descubra agora