15 - Desejo

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—  Fernanda? — A tensão no ar se formou quando Fernanda, com os olhos arregalados de surpresa, tentou falar, mas nenhum som escapou de seus lábios. Seu olhar expressava uma mistura de emoções, deixando Alane ainda mais confusa com o que aquela cena inesperada poderia significar naquele momento carregado de nervosismo. O silêncio dançava no ar, aumentando a sensação de desconforto que as envolviam.

— O que você... está fazendo aqui? — Alane, percebendo o silêncio de Fernanda, quebra a tensão e pergunta.

—  Alane... me desculpa... —  Fernanda começou a falar, mas suas palavras pareciam não ser compreendidas por Alane. A expressão confusa no rosto de Alane revelava a dificuldade em entender o que Fernanda tentava comunicar, claro que ela havia escutado o que a mais velha havia falado, mas a dificuldade de compreensão se referia ao motivo daquilo.

— Eu estava com raiva! Não de você, claro, mas de Daniel! E ele não pode sonhar que estou aqui com você. E ninguém disse que isso importa, por isso eu vim o mais rápido possível para me desculpar. Então, descul- ― Fernanda puxou o fôlego. ― Desculpa. ― Disse baixinho.

— Fernanda, calma! Uma coisa de cada vez. Olha como você está toda encharcada! Entra, vou te dar uma toalha. — Alane segurou o ombro de Fernanda, empurrando ela para dentro do quarto de hotel, enquanto as gotas de água de seu corpo molhavam o chão.

Alane conduz Fernanda até perto do pequeno sofá e se encaminha ao banheiro para buscar uma toalha limpa. Enquanto pega a toalha, começa a ponderar sobre como alguém poderia ter testemunhado Fernanda entrando em seu quarto e talvez espalhar fofocas, ou ter avistado seu carro que provavelmente estava estacionado lá embaixo. Contudo, ela recusa esses pensamentos e se concentra em retirar a toalha do armário embaixo da pia.

Alane gentilmente oferece a toalha a Fernanda, que se encontra em pé com as mãos atrás das costas, numa postura que evoca a inocência de uma criança. Mesmo sentindo a vontade de rir diante da cena, Alane demonstra sua empatia ao perceber a delicadeza do momento e decide conter qualquer riso. A expressão facial de Alane denota uma mistura de emoções, entre o desejo de leveza e a percepção da seriedade do contexto.

Fernanda pega a toalha e, se enrola nela, e em seguida, Alane a ajuda a espremer os cabelos, sem se importar com o chão molhado. A cena mostra um momento de cooperação e interação entre elas, demonstrando um cuidado mútuo mesmo sendo apenas "colegas".

Alane pegou outra toalha no banheiro, a colocou no pequeno sofá e instruiu Fernanda a se sentar. E assim foi feito.

Foi até o frigobar, pegou uma garrafinha de água e levou até Fernanda. Que tinha uma figura de "medo" no rosto.

Medo? Receio? Nervosismo? Aflição? Mentira? Ódio? Tristeza?

Alane lutava muito para conseguir detectar a emoção, mas não conseguia.

— Está mais calma? — Alane pergunta em um quase sussurro.

Fernanda balança a cabeça, olhando fixamente para a parede, e Alane continua:

— O que houve? O que faz aqui?

— Eu... nunca me perdoaria se eu soubesse que você foi embora mesmo sabendo que eu te tratei assim — desabafa Fernanda, com um misto de arrependimento e sinceridade em suas palavras. A expressão de Fernanda revela a profundidade de seus sentimentos e a importância da forma como ela poderia se sentir. O peso das palavras de Bande ecoa no ambiente, demonstrando a intensidade do momento entre as duas. Em meio à tensão emocional, a conexão entre elas parece se fortalecer.

Fernanda busca, através de sua confissão, uma reconciliação e um entendimento mútuo, evidenciando a vulnerabilidade que muitas vezes se esconde por trás de atitudes aparentemente duras.

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⏰ Última atualização: Jul 30 ⏰

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