Capítulo 14

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ESTE CAPÍTULO CONTÉM CONTEÚDO ADULTO.

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_Então quer dizer que eu não tinha escolha a não ser me apaixonar por você?

Com os braços no ombro dele, eu o conduzia para seus aposentos.

_Tinha sim... Deixe-me ver: Raimy? Aposto que tem algo mais profundo naquela implicância dele _Aquiles provocou, com as mãos em minha cintura.

Eu fiz uma careta depois de tê-lo deitado sobre seu banco acolchoado.

_Nossa, Aquiles, assim você corta qualquer clima romântico!

Ele riu, me virando com habilidade para baixo dele.

_Então me deixe retomar...

Ele me beijou, com intensidade, percorrendo meu pescoço também. Ele estava sobre mim, entre minhas pernas, se movimentando e me atiçando, mas naquela noite eu queria tentar algo diferente e queria saber se Aquiles confiaria em mim. Suavemente, eu fui invertendo a posição, colocando nós dois sentados, e depois ele de costas sobre o banco comigo por cima.

Desci por seu pescoço, seu tronco, ouvindo seus gemidos, até chegar em seu membro, onde fiquei um pouco. Voltei a beijá-lo, depois peguei uma almofada pequena e pedi para ele colocar sob si.

Eu massageei um pouco o seu membro úmido, e sem deixar de beijá-lo, meus dedos deslizaram para baixo. Ele levou a mão esquerda até a minha destra quando penetrei o primeiro dedo, e pensei que ia pedir que eu parasse, mas apenas conduziu meu ritmo. Eu estava usando o líquido que saía dos nossos membros para facilitar a penetração, tentando agora o segundo dedo, e Aquiles começou a gemer mais sofrido enquanto eu o beijava.

Até que deixei os dedos, e me posicionei sobre ele, com meu membro bem ereto e úmido no lugar certo, e perguntei se podia tentar. Aquiles tinha a mãos em meu rosto, fez que sim, e eu fui conseguindo aos poucos.

Fazia muito tempo que eu não fazia aquilo daquela forma, e foi a vez mais prazerosa até então, porque eu o desejava muito. Era recompensador saber que eu podia dar prazer a ele de todas as formas que ele me dava.

Com a ajuda de sua mão em seu membro, nós chegamos ao ápice quase ao mesmo tempo, e ao final, eu estava exausto.

_Você gostou? _eu lhe perguntei quando retomei metade das forças, levantando do peito dele para lhe olhar nos olhos.

Ele sorriu.

_Você sabe que sim.

_Eu não sei..., talvez não fosse do modo que você gostasse.

_Eu nunca fiz todas essas coisas, Pátrocolo, você sabe. Não sei quais outros modos podem haver, mas só quero os que forem com você._ Ele afagou meu rosto, e eu deslizei para beijá-lo.

_Eu amo você.

_Eu amo você._ Ele afagava meu cabelo e olhava em meus olhos._ Pátrocolo, vou até Pirro. Vou tentar trazê-lo para perto. Gostaria que viesse comigo.

O assunto era sério. Ergui-me um pouco.

_Mas você sabe como chegar até ele?

_Vou pedir orientação a Quíron. Meu pai achou uma boa ideia.

Sim, Quíron sabia de muitas coisas. Ninguém sabia mais de divindades do que ele.

_Claro que vou com você. Eu sempre estarei com você agora. É melhor você nem reclamar _dei uma amenizada no final, brincando.

Ele deu um sorriso que eu juro, se eu não já estivesse apaixonado, eu teria me apaixonado de novo só ali.

_Não vou nem ousar.

E nos beijamos.

No dia seguinte, após falar com Peleu, começamos a nos preparar para ir ao Pélion. Ao mesmo tempo, percebi que as pessoas agora olhavam diferente para nós, pois a maioria já sabia sobre, e às vezes Aquiles simplesmente saía me puxando pela mão pelo palácio, só soltando-a quando chegava aonde queria.

Fiquei com mais vergonha com os soldados, observei alguns cochichando discretamente, outros até olhavam para nós como se gostassem do que viam. Eu tinha mais timidez perante quem apoiava do que perante quem não apoiava, porque parece que no fundo eles exigiam um pouco de mim. E quem era eu perto de Aquiles?

Partimos no dia seguinte. A viagem foi bem diferente da vez anterior, tudo era motivo para brincadeira, sempre que parávamos para descansar, ele vinha com carinhos e beijos. Na hora do banho e no pôr do sol, tão bonito, a gente não se desgarrou, eu sentia que não havia felicidade maior do que estar com ele.

Quando chegamos ao Pélion, Aquiles tomou a minha mão. Acho que fiquei mais nervoso que quando fomos até Peleu depois que ele e Tétis tiveram aquela reunião. Como eu havia dito, Quíron sabia de coisas, era a parte de Aquiles mais próxima aos deuses, depois da mãe. Se ele de repente dissesse que a profecia de que Tétis falava era mais grave do que pensávamos, o que faríamos?

Porém, ele nos recebeu com um sorriso, e quando fizemos menção de soltar as mãos para cumprimentá-lo, ele pediu com um gesto que esperássemos. Pegou-as com as suas, que eram bem grandes, e disse:

_Eu gostaria de abençoar a união de vocês dois. Ela tem uma grande história no passado e guarda uma grande história para o futuro.

Só com aquilo, eu quase chorei.

Já depois do jantar, Quíron começou a nos falar um pouco mais sobre ninfas, em especial as nereidas, como Tétis. Ele procurou entre seus muitos registros, e eu e Aquiles o ajudávamos. Quíron revelou que as nereidas tinham aquele nome por habitar o Mar Egeu. Ele nos orientou por quais ilhas procurar baseado em relatos de antigos marinheiros.

No outro dia, Quíron nos ensinou algumas coisas importantes sobre navegar. Nos deu presentes relacionados, e algumas comidas ideais para uma viagem do tipo. Nossa ida ao Pélion fora planejada para ser rápida mesmo, mas senti algo no meu peito quando me despedi de Quíron na manhã seguinte. Meus olhos molharam quando eu o abracei.

_Nunca esqueça o que eu lhe disse uma vez, Pátrocolo: nunca deixe de lutar por aquilo em que acredita. Procure vencer a sua batalha em meio a guerra. Se cada soldado der o melhor de si em sua batalha, a guerra é vencida.

Ele disse palavras especiais para Aquiles também. Quíron era o ser mais especial que eu já tinha conhecido.

E assim eu e Aquiles retornamos a Fítia.

A PROFECIA (Aquiles & Pátrocolo FANFIC)Onde histórias criam vida. Descubra agora