ℜ𝔢𝔭𝔢𝔱𝔦𝔡𝔞𝔰 𝔳𝔢𝔷𝔢𝔰 𝔬 𝔳𝔢𝔫𝔱𝔬 𝔢𝔫𝔠𝔥𝔦𝔞 𝔞𝔰 𝔰𝔲𝔞𝔰 𝔪ã𝔬𝔰 𝔠𝔬𝔪 𝔬 𝔠𝔥𝔢𝔦𝔯𝔬 𝔡𝔢𝔩𝔞, 𝔢 𝔢𝔩𝔢 𝔰𝔢 𝔟𝔞𝔫𝔥𝔞𝔳𝔞 𝔰𝔢𝔪 𝔭𝔢𝔫𝔰𝔞𝔯 𝔢𝔪 𝔫𝔞𝔡𝔞. 𝔖𝔢𝔲𝔰 𝔬𝔩𝔥𝔬𝔰 𝔡𝔬𝔲𝔯𝔞𝔡𝔬𝔰 𝔟𝔲𝔰𝔠𝔞𝔳𝔞𝔪 𝔞 𝔯𝔢𝔰𝔭𝔬𝔰𝔱𝔞 𝔳𝔦𝔫𝔡𝔞 𝔡𝔞 𝔡𝔢𝔲𝔰𝔞 𝔏𝔲𝔞, 𝔪𝔞𝔰 𝔞𝔭𝔢𝔫𝔞𝔰 𝔬 𝔰𝔦𝔩ê𝔫𝔠𝔦𝔬 𝔢𝔯𝔞 𝔞 𝔯𝔢𝔰𝔭𝔬𝔰𝔱𝔞 𝔬𝔟𝔱𝔦𝔡𝔞. 𝔒𝔰 𝔰𝔬𝔫𝔥𝔬𝔰 𝔰ó 𝔞𝔲𝔪𝔢𝔫𝔱𝔞𝔪 𝔬 𝔰𝔢𝔲 𝔡𝔢𝔰𝔢𝔧𝔬 𝔰𝔢𝔠𝔯𝔢𝔱𝔬 𝔡𝔢 𝔱𝔢𝔯 𝔲𝔪𝔞 𝔰𝔢𝔤𝔲𝔫𝔡𝔞 𝔠𝔥𝔞𝔫𝔠𝔢. 𝔈 𝔣𝔬𝔦 𝔞𝔰𝔰𝔦𝔪 𝔞 𝔠𝔞𝔡𝔞 𝔭𝔯𝔦𝔪𝔞𝔳𝔢𝔯𝔞 𝔮𝔲𝔢 𝔭𝔞𝔰𝔰𝔬𝔲 𝔰𝔬𝔩𝔦𝔱á𝔯𝔦𝔬 𝔠𝔬𝔫𝔱𝔢𝔪𝔭𝔩𝔞𝔫𝔡𝔬 𝔞 𝔣𝔞𝔰𝔢 𝔩𝔲𝔫𝔞𝔯.
Na noite anterior tinha sonhado a respeito daquilo, procurando preparar-se para o mágico momento, mas agora percebia que todos seus esforços tinham sido inúteis.
Ficou parada no corredor escuro, escutando o rumor que vinha de longe, à espera do momento de entrar no palco principal diante de milhares de seres sobrenaturais. Sentia-se enjoada, com uma dorzinha incômoda na boca do estômago e todos os músculos estavam tensos. Aquela situação era sua velha conhecida desde que era apenas um filhote. Sempre morria de medo alguns minutos antes de pisar no palco, mas aquela noite era pior do que tudo que lhe acontecera até então.
— Tudo bem?
Oliver encostou-se na parede, ao lado dela, com as mãos enfiadas nos bolsos, estudando-a cuidadosamente.
Escarlate não disse nada. Apenas fez que sim e seus olhos não se desprendiam do chão. Como sempre, Oliver mostrava-se preocupado. Sabia exatamente como ela se sentia: as palmas das mãos transpiravam, a boca apresentava-se seca e, sobretudo, havia aquela sensação terrível à altura do estômago...
— Está se sentindo mal?
Escarlate estava pálida, sob a pesada maquilagem que lhe escondia a naturalidade de seu rosto tão jovem ainda. Imaginou se algum dia deixaria de sentir aquele pânico incontrolável antes de uma apresentação.
Seus olhos azuis estavam dilatados, o que lhe dariam um ar mais fascinante, pois eles escureciam e brilhavam como duas chamas, as pupilas negras tinham ficado enormes e em torno do lábio superior acumulavam-se gotas de suor.
— Relaxe... Vai dar tudo certo!
Os aplausos diminuíram ligeiramente de intensidade e de repente recomeçaram.
— É sua vez agora. Então melhor aproveitar o momento!... — Disse Oliver, mas ela não se mexeu. Seu corpo tornara-se rígido, prisioneiro do terror. Teve a impressão de que aqueles momentos duraram uma eternidade, mas decorreram apenas alguns segundos antes que ela se endireitasse e levantasse a cabeça. Sentia as pernas bambas, mas pôs-se a andar. O corredor parecia não ter mais fim. Era exatamente assim que tinha se sentido no sonho. Ouvia os sons à distância, as ondas dos aplausos chegavam até ela e bem lá no fundo daquele túnel percebia o palco, iluminado por uma luz cruel e impiedosa. Sabia que não conseguiria dar conta da situação, jamais conseguiria chegar até lá e ficou imóvel, gelada, encolhida de medo. Então acordou, alagada de suor, quase aos gritos.
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Sonho Céu Sombra - Atraídos Pelo Destino EM PAUSA
FantasySonho Céu Sombra - Atraídos pelo Destino Xandra Ferreira O delírio explodia na plateia quando Escarlate Amestris cantava, linda, sensual, os olhos fuzilantes de paixão, o corpo jovem acompanhando o ritmo frenético de suas músicas vibrantes. Os fãs...