Sonho Céu Sombra - Atraídos pelo Destino
Xandra Ferreira
O delírio explodia na plateia quando Escarlate Amestris cantava, linda, sensual, os olhos fuzilantes de paixão, o corpo jovem acompanhando o ritmo frenético de suas músicas vibrantes. Os fãs...
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Scar ainda não tinha sido apresentada ao conde Scourge, mas recebeu às ordens de cantar as canções de seu clã. Era Oliver quem se encarregava de todos aqueles contatos e ela normalmente relacionava-se apenas com os sobrenaturais que participavam de seu trabalho no dia-a-dia.
O conde Scourge morava em uma elegante mansão nas proximidades de um parque gigantesco, rodeada por vastos jardins e rosas brancas. Assim que entraram na mansão, Scar contemplou o interior com curiosidade. Um mordomo retirava o casaco de pele de urso polar de Esmeraude quando Oliver percebeu um pequeno quadro pendurado na parede.
— Sabe quem é o autor? — Perguntou a Scar com admiração. Olhe só que traços... deve ter-lhe custado milhões de dracmas de ouro.
— Deixe disso, Oliver. — Comentou Esmeraude secamente. — Que falta de classe! É muita indiscrição querer saber quanto dinheiro um lorde vampiro gasta para decorar sua mansão.
Oliver olhou-a ressentido, mas não disse nada ao ouvir vozes que se aproximavam. Scar sorriu, trocando olhares com Esmeraude.
— Você o magoou...
— Oliver carece de sensibilidade. Ele ainda é um beta muito bruto pra lidar com os nobres desses reinos.
— Vocês acaso brigaram?
Escarlate detestava sentir que havia hostilidade à sua volta, pois isso a deixava insegura.
— Acho que ele não se mostrou muito hábil, em relação ao regente Alev Lightwood. Praticamente jogou-a nos braços daquele Lycan, convidando-o para jantar. O dinheiro, o poder e o status o impressiona demais.
— Vamos deixar este assunto de lado? — Reclamou Scar. Não quero pensar no Alpha Lightwood e muito menos tornar a vê-lo. Acima de tudo não desejo que você e Oliver briguem por causa dele. O conde Scourge adiantou-se, apertando vigorosamente a mão de Oliver antes de cumprimentar Scar. Era um vampiro gordo e baixinho, tinha o rosto extremamente pálido. Os cabelos brancos rareavam, mas eram penteados de modo a disfarçar a calvície, o que era bem raro entre os seres de sua espécie. Sua voz e a expressão de sua fisionomia irradiavam alegria e amabilidade.
