Cap. 18

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Luigi Lima

Acordei e meu pai estava dormindo na cadeira ao meu lado segurando a minha mão. Tentei lembrar o que tinha acontecido e por qual motivo eu estava num hospital.

- Pai - Falei puxando a mão dele

Ele acordou e se levantou tão rápido que acabei levando um susto.

- Oi meu amor, finalmente você acordou.

- O que aconteceu pai?

- A gente conversa depois, você precisa descansar.

- O Matheus está aqui?

- Está, ele não quis ir embora, disse que ia esperar você acordar.

- Pode pedir pra ele entrar?

- Filho, você tem que descansar.

- Por favor pai.

- Tá, vou chamar ele.

Meu pai saiu do quarto e voltou logo em seguida com o Matheus e o meu tio Fernando.

- Amigo! - Disse Matheus vindo pra cima de mim

- Aí Matheus!

- Meu Deus cara, já falei pra não fazer isso! - Disse tio Fernando - Uma hora você vai acabar machucando o Luigi e eu não quero nem estar perto quando o Marcello surtar com você.

- Aí pai, não fala assim.

- É a verdade meu filho, você sabe como é o seu tio.

Olhei para os lados e só agora tinha percebido que o meu pai não estava mais no quarto.

- Cadê o meu pai?

- Ele foi pra casa tomar banho, trocar de roupa e logo volta.

- Tio, você poderia me contar o que aconteceu?

- Você não lembra meu anjo?

- Não consigo lembrar.

- Deixa que seu pai conversa com você, é melhor.

- Tá bom.

Ouvimos uma batida na porta, meu tio Fernando saiu do quarto e logo voltou.

- Vamos Matheus, nós precisamos ir.

- Não pai, não vou deixar o Luigi sozinho - Disse Matheus segurando a minha mão

- Ele não vai ficar sozinho filho, mas nós precisamos ir.

- Vai Matheus.

- Então eu posso passar a noite aqui?

- Sim meu loirinho sim, agora vamos.

- Até mais tarde irmãozinho.

- Até irmãozinho.

Eles saíram e eu me virei de costas para a porta, logo ouvi alguém entrando.

- Já vai dormir de novo?

Para a minha surpresa, reconheci a voz do Daniel e me virei de frente para ele.

- Não.

- Como você está?

- Cansado e muito confuso, não consigo lembrar de como vim parar aqui.

- Eu fiquei muito preocupado quando seu pai me ligou.

- Ele te contou?

- Contou sim, mas ele quer conversar com você e pediu pra mim não dizer nada.

- Meu pai me deixa assustado desse jeito, não gosto quando ele faz isso.

- É um assunto pessoal e é melhor ele contar.

- Tá legal. Como estão os meninos?

- Estão muito bem, estavam dormindo quando eu saí.

- Já quero ver eles de novo, brincamos bastante hoje.

- Eu fiquei muito feliz em chegar na sua casa hoje e ver os meus dois meninos dormindo e bem cheirosinhos.

- Meu pai me ajudou a dar banho neles, se não, eu teria demorado muito mais.

Ele riu e segurou a minha mão.

- Foi um pedido do seu pai e eu estaria sendo um monstro se não concordasse com ele.

- O que meu pai pediu?

- Que você vai ficar um tempinho longe dos meninos até se recuperar.

Senti meu coração acelerar e a minha respiração falhar, o barulho da máquina aumentou e logo médicos e enfermeiros entram no quarto.

- Por favor, se afaste dele.

Meus olhos foram pesando e no fundo ouvi alguém me chamando antes de eu desmaiar.

- LUIGI!

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