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S/n
Dois meses depois

Liz havia acabado de nascer, e os médicos diziam que ela é perfeita. Ainda não a vi, pois estão cortando o cordão umbilical, mas consigo escutar seu choro forte e saudável, ecoando pelo quarto.

-- Aqui está sua pequena -- a enfermeira diz, colocando Liz deitada sobre meu peito. Ela ainda está chorando alto, mas eu a envolvo em meus braços, sentindo meu coração acelerado.

-- Oi, princesa... -- digo baixinho, e, quase automaticamente, ela para de chorar, ficando apenas resmungando suavemente.

-- Ela é tão linda! -- Billie diz, olhando admirada para a bebê em meus braços.

Eu olho para Liz, seus olhos ainda inchados do parto, mas já abertos, explorando o novo mundo ao seu redor. Sinto uma onda de emoções me invadir, uma mistura de amor, proteção e pura felicidade.

-- Ela é perfeita... -- sussurro, sentindo lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Billie se aproxima mais, passando a mão delicadamente sobre a cabecinha de Liz, o toque dela é cheio de carinho e ternura. Nossos olhares se encontram, e posso ver as lágrimas nos olhos de Billie também.

-- Somos tão sortudas, S/n. Olha o que criamos juntas -- ela diz, a voz embargada pela emoção.

Sinto Liz se aconchegar mais em meu peito, seu pequeno corpo se ajustando ao meu, como se já soubesse que este é seu lugar seguro. Eu nunca imaginei que pudesse sentir tanto amor por alguém que acabei de conhecer, mas aqui estou, completamente apaixonada por nossa pequena.

-- Bem-vinda ao mundo, Liz -- sussurro novamente, beijando sua cabecinha.

Billie envolve nós duas em um abraço, e naquele momento, tudo parece perfeito. Nosso amor criou essa pequena vida, e estamos prontas para enfrentar todos os desafios e celebrar todas as alegrias que estão por vir.

-- Eu te amo tanto -- digo a Billie, sentindo a profundidade do nosso vínculo se fortalecer ainda mais.

-- Eu também te amo, S/n. E eu amo nossa Liz -- Billie responde, beijando minha testa.

Juntas, começamos essa nova jornada, nossa pequena família crescendo e se fortalecendo a cada momento. E assim, com Liz em nossos braços, sentimos que nosso amor é capaz de tudo.

(...)

A enfermeira deu banho na pequena Liz. Ela chorou bastante ao ser tirada de meus braços, mas parou no instante em que me devolveram ela limpa e vestida com roupinhas confortáveis.

-- Ela precisa ser alimentada... Acha que consegue? -- a enfermeira pergunta delicadamente, consciente do meu autismo e sendo atenciosa com isso.

Sinto um aperto no peito, a mistura de medo e determinação me tomando. Olho para Billie, que me dá um sorriso encorajador e segura minha mão.

-- Eu vou tentar... -- Digo e a enfermeira concorda minimamente

-- Vou te dar privacidade. Caso sinta que não vai conseguir ou que a sobrecarga sensorial esta muito grande, pode me chamar apertando o botão ali ao lado -- A mulher diz e eu concordo com a cabeça

A enfermeira sai do quarto, deixando-nos a sós. Sinto uma onda de ansiedade, mas ao mesmo tempo, um desejo profundo de alimentar minha filha. Olho para Billie, que continua segurando minha mão e me dando força.

Com cuidado, ajusto minha posição na cama e posiciono Liz para a amamentação, seguindo as instruções que a enfermeira havia me dado antes. Liz se agita um pouco, mas logo começa a mamar, e uma sensação de alívio e felicidade me invade.

You Are My Love (You/Billie) G!POnde histórias criam vida. Descubra agora