Billie
Eu estava andando pela rua, voltando para a gravadora após meu horário de almoço, quando um paparazzi me abordou para uma pequena entrevista. No começo, ele fazia perguntas coerentes e normais. Porém, em dado momento, ele fez uma pergunta que conseguiu acabar por completo com minha paciência.
-- O que faria se sua filha fosse como a mãe dela? -- perguntou, e eu franzi as sobrancelhas.
-- Como assim? Não compreendi muito bem a pergunta... -- respondi, confusa.
-- Todo mundo sabe que sua esposa tem... Como posso dizer?... Um pequeno atraso mental -- ele disse, e eu respirei fundo.
-- Minha mulher não tem atraso mental algum. Na verdade, acredito que a mente dela é muito melhor desenvolvida que a sua -- respondi, sentindo meu sangue ferver de irritação.
-- Ela tem autismo, certo? Isso não é um atraso? -- ele questionou, e eu neguei com a cabeça.
-- Nunca foi e nunca será. Autismo não é um atraso mental. É uma maneira diferente de processar o mundo. Minha esposa é uma das pessoas mais inteligentes e talentosas que eu conheço. Se minha filha for como ela, vou me sentir a pessoa mais sortuda do mundo -- disse, com firmeza. O paparazzi tentou interromper, mas eu continuei. -- A diversidade é o que nos torna únicos e fortes. Minha esposa é uma inspiração para mim e para muitos outros. Então, ao invés de fazer perguntas ignorantes, sugiro que você se eduque sobre o assunto antes de falar.
Sem dar mais atenção a ele, segui meu caminho de volta para a gravadora, sentindo-me orgulhosa por defender a pessoa que amo e por não permitir que ignorância e preconceito passassem despercebidos.
Quando cheguei à gravadora, vi minha esposa já me esperando com Liz no colo. A pequena se animou ao me ver, balançando as mãozinhas com entusiasmo. Elas vieram aqui para irmos ao médico, fazer a primeira ultrassom de nosso mais novo bebê.
-- Oi, minha princesinha! -- disse, beijando a testa de Liz. -- Oi, minha rainha -- acrescentei, beijando a testa de minha esposa e, em seguida, selando nossos lábios.
-- Você parece irritada, aconteceu alguma coisa? -- S/n perguntou, preocupada, enquanto ajeitava Liz em seu colo.
-- Nada com que você precise se preocupar -- respondi, tentando suavizar minha expressão. -- Apenas um paparazzi imbecil que não sabe quando calar a boca.
-- O que ele disse? -- S/n perguntou, a preocupação em seus olhos se intensificando.
-- Ele fez uma pergunta muito ignorante sobre você -- disse, tentando manter a calma. -- Mas eu cuidei disso. O importante agora é focar na nossa família. Vamos ao médico ver nosso novo bebê, e Liz está ansiosa para conhecer o irmãozinho ou irmãzinha.
S/n me olhou com um misto de gratidão e apreensão.
-- Obrigada por me defender. Às vezes, é difícil ignorar essas coisas.
-- Sempre, meu amor -- disse, segurando sua mão. -- Vamos nos concentrar no que realmente importa agora. Nossa família e o futuro que estamos construindo juntos.
Nós fomos para o carro, e eu ajudei S/n a colocar nossa pequenina em seu bebê conforto, certificando-me de que o cinto estava bem afivelado. Em seguida, cada uma de nós pegou nossos lugares.
-- Ansiosa para vermos nosso novo neném pela primeira vez? -- pergunto, dando partida no carro.
-- Muito! -- S/n responde, com um brilho nos olhos. -- Parece que foi ontem que estávamos fazendo isso com a Liz, e agora estamos aqui de novo.
-- O tempo passa rápido demais -- comento, sorrindo. -- Mal posso esperar para ver a carinha do nosso bebê.
Durante o trajeto, S/n segurou minha mão, e eu senti um calor reconfortante. Liz, no banco de trás, balbuciava e brincava com um dos seus brinquedos, alheia ao momento especial que estávamos prestes a vivenciar.
Ao chegarmos à clínica, estacionei o carro e ajudei S/n a tirar Liz do bebê conforto. Entramos de mãos dadas, cheias de expectativa. O médico nos recebeu com um sorriso caloroso e nos guiou para a sala de ultrassom.
-- Prontas para ver o bebê? -- ele perguntou, preparando o equipamento.
-- Sim, muito! -- respondemos em uníssono.
Quando a imagem do ultrassom apareceu na tela, senti um nó na garganta. Lá estava ele, nosso novo bebê, pequenino e perfeito. S/n apertou minha mão com força, e eu pude ver as lágrimas de alegria em seus olhos.
-- Olha só, Liz, é o seu irmãozinho ou irmãzinha -- murmurei, apontando para a tela. Liz, claro, não compreendeu completamente, mas sorriu ao ver nossa empolgação.
-- Está tudo bem com o bebê -- o médico disse, confirmando o que nossos corações já sabiam. -- Parabéns, mamães.
Saímos da clínica com uma sensação de gratidão e felicidade. Mais uma vez, a vida nos abençoava com o presente mais precioso de todos.
Nós saímos da clínica com as imagens da ultrassom e um pequeno vídeo. Liz estava abraçada a um ursinho, e S/n segurava as fotos, claramente empolgada com a ideia de compartilhar a notícia.
-- Vamos para a casa de mamãe, sua mãe está lá também. Podemos dar a notícia -- S/n diz, radiante.
-- Como quer dar a notícia? -- pergunto, curioso.
-- Liz pode entregar os exames de hoje para elas -- S/n diz, dando de ombros.
-- Interessante... Como podemos fazer a pequenina entregar? -- reflito, tentando pensar em uma maneira prática de envolver Liz.
-- Podemos colocar as fotos em uma sacolinha e dar para Liz. Quando chegarmos, pedimos para ela levar a sacolinha até as avós -- S/n sugere, e eu sorrio, adorando a simplicidade e a fofura da ideia.
-- Perfeito! -- digo, dando um beijo rápido em sua bochecha. -- Vamos preparar isso no carro.
No caminho para a casa de minha mãe, S/n colocou as fotos e o vídeo em uma pequena sacolinha de presente. Liz estava animada, embora não entendesse exatamente o que estava acontecendo. Quando chegamos, vi que minha mãe e a mãe de S/n estavam no jardim, conversando animadamente.
-- Olá! -- cumprimentei-as, acenando. Elas se aproximaram, curiosas.
-- Temos uma surpresa para vocês -- S/n disse, com um brilho nos olhos. -- Liz, querida, pode entregar essa sacolinha para as vovós?
Liz segurou a sacolinha, balançando-a um pouco antes de andar cambaleante até as avós. Minha mãe pegou a sacola e olhou para dentro, enquanto a mãe de S/n espiava por cima de seu ombro. Quando elas viram as fotos da ultrassom, seus rostos se iluminaram.
-- Vocês estão esperando outro bebê?! -- minha mãe exclamou, olhos marejados.
-- Sim! -- S/n e eu respondemos juntas, sorrindo amplamente.
As avós nos abraçaram, emocionadas, e logo Liz foi envolvida na celebração, ainda segurando seu ursinho.
-- Isso merece uma comemoração! -- a mãe de S/n disse, já indo em direção à cozinha para preparar algo especial.
-- Com certeza! -- concordei, sentindo uma onda de felicidade me envolver. Nossa família estava crescendo, e compartilhar essa notícia com todos que amamos tornava tudo ainda mais especial.
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You Are My Love (You/Billie) G!P
Fanfic"_ como é amar?... _Amar é complicado, você tem que ter coragem o suficiente para assumir esse sentimento e tem que ser forte o bastante para lutar por aquilo que ama. Pra amar você tem que saber pensar nos outros sem esquecer a si proprio. Amar dói...