72

315 48 3
                                    

Billie

No fim da tarde, minha esposa insistiu que ela faria o jantar. Ela estava vestindo um short curtinho e uma camiseta larga, seus pés estavam descalços e os cabelos soltos, porém ela constantemente os colocava para trás de suas orelhas.

-- Você é tão perfeita -- comento, tirando uma mecha de cabelo do seu rosto e colocando-a de volta atrás de sua orelha.

Ela sorri, e suas bochechas coram um pouco. Amo como, mesmo depois de anos, ela ainda fica envergonhada e sem reação com meus elogios.

Liz está sentada em seu cadeirão, apreciando o seu jantar com calma, sob nossos olhares e cuidado. Enquanto o novo membro da família, Shark, está simplesmente apagado no meio da cozinha, após tantas brincadeiras com Liz.

-- Droga! -- S/n exclama, e eu lhe olho preocupada.

-- O que foi, bebê? -- pergunto, vendo-a colocar o dedo embaixo da torneira.

-- Cortei o dedo -- Ela diz, fazendo uma pequena careta de dor.

-- Deixa eu ver -- peço, e ela me estende a mão. Era apenas um pequeno corte superficial, daqueles que ardem como o inferno, porém são quase imperceptíveis. -- Vou buscar um Band-Aid -- digo após deixar um beijinho no machucado.

Vou até o armário do banheiro e pego um Band-Aid, voltando rapidamente para a cozinha. Encontro S/n tentando continuar o preparo do jantar, mas ainda visivelmente incomodada com o corte.

-- Aqui, deixa eu cuidar disso -- digo, pegando sua mão e gentilmente colocando o Band-Aid no corte. -- Pronto, agora você está curada.

-- Obrigada, amor -- ela diz, sorrindo e beijando minha bochecha.

-- Agora, que tal eu terminar o jantar? -- sugiro, vendo que ela está um pouco cansada.

-- Não, eu quero fazer isso -- ela insiste, mas eu vejo a gratidão em seus olhos.

-- Tudo bem, mas eu vou te ajudar -- digo, ficando ao seu lado e começando a cortar os vegetais.

Enquanto preparamos o jantar juntas, sinto uma conexão profunda com ela, apreciando esses momentos simples e íntimos que compartilhamos. Liz observa tudo com curiosidade, e Shark continua dormindo, alheio ao movimento ao seu redor.

-- Eu te amo tanto -- digo, olhando para minha esposa e sentindo meu coração transbordar de amor.

-- Eu também te amo, Billie -- ela responde, sorrindo. -- Eu estava pensando em fazermos uma viagem no seu aniversário -- S/n comenta, e eu lhe olho brevemente.

-- Para onde quer viajar? -- pergunto, interessada.

-- Paris... Seu aniversário é perto do Natal e... Acho que a cidade fica bonita nessa época do ano -- Ela diz simplesmente. -- Porém, lembrei que existe a tradição de passar o Natal com nossas mães, seu pai, Finneas e Claudia...

-- Paris, hein? -- digo, ponderando a ideia enquanto corto os vegetais. -- Seria incrível.

-- Seria seu aniversário e nosso bebê estará quase chegando... -- ela continua, visivelmente empolgada, mas um pouco apreensiva.

-- Eu amo a ideia, amor... Podemos fazer o seguinte: passamos a noite de Natal com nossas famílias, pela madrugada pegamos o voo. E ficamos em Paris até o Ano Novo. Ver os fogos na Torre Eiffel é mil maravilhas -- digo, e posso ver ela sorrir mais empolgada.

-- Isso soa perfeito! -- S/n exclama, seus olhos brilhando. -- Vai ser a melhor viagem de todas.

-- Com certeza vai. E será uma ótima maneira de comemorar nosso bebê a caminho -- respondo, me aproximando para lhe dar um beijo na testa.

-- Eu mal posso esperar para começar a planejar tudo -- ela diz, animada. -- Paris no inverno, nossa pequena com a gente... Vai ser mágico.

-- Vamos fazer dessa viagem algo inesquecível -- digo, segurando sua mão. -- E quem sabe até trazer de criar algumas lembranças especiais de lá.

-- Com você e Liz ao meu lado, tenho certeza de que será perfeito -- ela responde, apertando minha mão suavemente.

Terminado o jantar, sentamo-nos à mesa, aproveitando a refeição e a companhia uma da outra. A empolgação por nossa futura viagem a Paris já começava a se formar, trazendo uma nova energia e alegria para nossos dias.

(...)

-- Ser perseguida por lobos ou por tubarões? -- pergunto, e minha esposa pensa por breves segundos.

-- Acho que... Se for tubarões, posso estar perto da areia? -- ela pergunta, me olhando brevemente.

-- Você não sabe nadar, né? Então pode, você não iria para o fundo mesmo -- digo, dando de ombros.

-- Então, tubarões. Posso correr para fora da água -- responde simplesmente.

-- Ok... Você prefere doce ou salgado? -- pergunto, e ela me encara um pouco indignada. -- Eu sei a resposta, mas quando você está grávida, seu paladar fica esquisito.

-- Você tem um ponto... No momento, salgado -- responde, dando de ombros.

-- Eu tenho um ponto? Quem te ensinou isso? -- pergunto rindo e me aproximando mais dela na cama.

-- Seu irmão fala isso o tempo todo, aí ele me ensinou -- diz risonha.

-- Finneas sempre deixando suas marcas -- digo, rindo.

-- Por falar em salgado... Me deu vontade de comer umas batatas fritas bem crocantes... E um pouco de queijo derretido -- ela diz, os olhos brilhando com a ideia.

-- Batatas fritas com queijo derretido -- repito, e ela concorda.

-- Crocantes, batatas fritas crocantes com queijo derretido -- acrescenta, e eu dou risada.

-- Bom... Esse foi o desejo mais normal até agora. Da última vez foi banana assada com café e pasta de amendoim... Não sei ao certo de onde você tirou isso -- ela dá risada. -- O que eu ganho se fizer suas batatas crocantes?

-- Pode ser muitos beijinhos e uma esposa feliz porque o filho não vai nascer com cara de batata com queijo? -- questiona, me fazendo rir.

-- Acho que isso é um bom negócio -- digo, me levantando da cama. -- Volto já com suas batatas crocantes e queijo derretido, minha rainha.-- digo selando nossos lábios

-- Você é a melhor, amor -- ela diz, sorrindo.

Enquanto vou para a cozinha, penso em como a vida é boa com esses pequenos momentos de felicidade compartilhada. Afinal, é isso que torna cada dia especial: fazer o que posso para ver minha esposa feliz e satisfeita.

You Are My Love (You/Billie) G!POnde histórias criam vida. Descubra agora