You Are My Love (You/Billie) G!P

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<Billie>

Eu olho para S/n, ela tinha suas mãos inquietas e o olhar distante. Eu lhe entrego o binquedinho que ela fica apertando quando esta agitada, porem isso não parece ajudar muito. Talvez a grande quantidade de pessoas esteja sendo uma gigantesca mistura de informações para seu cérebro. Sua irmã pediu que viessemos juntas ao shopping para trocar um produto que ela comprou errado, e justamente hoje, S/n esta um pouquinho agitada de mais.

-- ei amor... Olha para mim... Consegue aguentar so mais alguns minutos? A fila ja está quase acabando... -- falo tentando trazer sua atenção para mim. Sua respiração estava cada vez mais ofegante e acelerada. Seus olhinhos se enchem de lagrimas e ela começa a balançar seu corpo para frente e para tras

-- e-eu quero... Eu quero ir e-embora... Billie... Eu não... Eu não quero aqui... Quero minha casa... Chloe... Eu quero a Chloe... -- ela começa a chorar e é exatamente nesse momento que começo a entrar em desespero

-- aguenta só mais um pouco bebê... Ja estamos chegando no final da fila... V-Voce quer escutar música? Posso colocar Mozart... -- falo lhe estendendo meus fones

-- C-Casa... Billie...

-- ei mocinha... Esta tudo bem?-- uma senhora chama minha atenção, eu ja sentia meus olhos marejando, odeio ver minha garota chorando

-- ela... Ela esta nervosa -- falo e sinto S/n tocar em minha mão

-- eu não... Não quero ficar aqui... Barulho... -- S/n fala quase em desespero

-- pode passar na minha frente... -- a senhora fala e sem pensar muito, eu me dirijo para o local a sua frente -- meu netinho é autista também... Ele odeia o shopping... Mas as vezes a mãe dele não consegue evitar de traze-lo... Tente comprar aqueles abafadores de som, ajuda muito

-- eu vou procurar depois... Obrigada -- agradeço, e em seguida chega a minha vez de ir até o caixa

S/n fica ao meu lado, puxando minha camiseta e dando minis saltinhos ao meu lado, ela falava algumas palavras como "casa", "Chloe", "Barulho". Ve-la nessa situação é horrível, queria poder colocar ela em um potinho e proteger de todo o mundo ao nosso redor.

-- porque não ficou na fila preferencial?-- a atendente perguntou ao ver o colar de minha namorada, que indicava que ela é uma pessoa autista.

-- o segurança disse que eu deveria pegar a fila comum e na placa não tinha o símbolo do TEA... Então não tinha muito o que eu fazer... -- falo segurando na mão de S/n, que tentava se afastar para sair da loja

-- entendo... Irei falar com o gerente sobre isso. Toma aqui... Leva ela para um lugar mais calmo. Desculpe por isso -- a mulher fala rápido, me estendendo a sacola

-- obrigada -- agradeço e logo começo a guiar S/n para fora daquele lugar.

O local mais calmo e mais próximo que tínhamos era meu carro. Eu fecho todos os vidros e ligo o ar condicionado, S/n ainda estava agitada, então resolvo levá-la para casa o mais rápido possível. Quando chegamos no lugar, eu deixo-a na sala, quando iria me retirar para deixar ela em seu silêncio, para que ela pudesse se acalmar, escuto ela falar meu nome baixinho

-- abraço... Quero... Q-Quero abraço -- fala tão baixo que cheguei a duvidar se realmente escutei ela dizer algo.

Um pouco hesitante, eu me aproximo, me sentando ao seu lado no sofá. Eu toco sua cintura, e em segundos ela vem para o meu colo, me abraçando com força. Eu retribuo na mesma intensidade, sentindo ela enterrar seu rosto em meu pescoço, respirando fundo seguidas vezes.

-- calmo... I-Isso é calmo... -- diz baixinho

-- gosta disso?-- pergunto e ela concorda com a cabeça

-- você é m-minha casa... -- eu sinto meus olhos marejados, então escondo meu rosto em seu pescoço