➴ 50.

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Mentiras, mentiras, mentiras
me sinto sobrecarregada por dentro
Eu não me amado há um bom tempo

Eu tento, tento, tento
ficar do meu lado
Eu sou a minha pior inimiga, eu admito

Eu preciso me tratar melhor
eu realmente consigo ser muito cruel
[...]
Se você ao menos pudesse ouvir
o que se passa pela minha cabeça

— Treat Myself | Victoria Justice

— Treat Myself | Victoria Justice

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Sarah B.

Luan mal trocou palavras comigo depois do que fizemos.
Qual é, eu não esperava declarações de amor, café da manhã na cama, historinha pra dormir e dormir de conchinha. Não criei altas expectativas, nem é do meu feitio sonhar acordada com coisas irreais.

Eu esperava, no mínimo, que continuássemos os mesmos. Mas depois que aquilo acabou, algo mudou. E eu nem to falando do fato de que vou embora.

Alguma coisa mudou com ele no momento que saiu de cima de mim. Em fração de segundos o Luan que tava em pé ao lado da minha cama não era o mesmo que estava em cima de mim, não era o mesmo de todo esse tempo que passamos. Ele esfriou.

Vestiu a roupa e sentou na poltrona próxima a cama, apenas dava respostas secas em todas minhas tentativas de puxar assunto. Seus olhos estavam longe, pensativos e evitava a todo custa cruzar com os meus. Assim que os primeiros raios solares apareceram, o dia ainda nem tava claro direito, ele foi embora.

Ele nem me olhou.
Que tipo de ser humano faz isso?
Tira a virgindade de uma garota e depois age como se não a conhecesse.

Parece que eu tava olhando pro Luan do primeiro dia que nos conhecemos, o dia que ele invadiu minha casa, quando eu ainda achava que ele era só um traficante e ladrãozinho que tava aqui pra se esconder da polícia e ele ainda achava que eu era uma patricinha mimada e histérica, sem conteúdo de vida, sem objetivos. Parecia que nem nos conhecíamos e tínhamos acabado de transar.

Me acostumei com outra versão dele, minha cabeça insiste na paranóia de que essa poderia ser a intenção dele o tempo todo, assim como eu já desconfiava no início.

Mas eu quero me recusar a acreditar nisso, não é possível que tenha sido tudo uma mentira, um joguinho doente pra ele. Sério, nem eu iria tão baixo assim.

Ainda não dormi hoje, tomei banho assim que ele passou por aquela janela, sussurrei um cuidado enquanto assistia ele se afastar e continuei o observando atentamente sumir completamente do meu campo de visão.

Agora são oito e quarenta e sete da manhã, to jogada na minha cadeira suspensa olhando a vista lá de fora, lembrando que estou presa como se tivesse cometido um crime e não posso sair desse lugar.

Do Outro Lado Do RJOnde histórias criam vida. Descubra agora