No Leblon, vive Sarah Bellini. Loira, gata, classe A.. Parece ingênua. Mas, muito pelo contrário, Sarah B não é nem de longe uma garota afetuosa, ela sabe manipular para fazer tudo girar ao seu redor. Não é atoa que suas amigas a apelidaram como "Mé...
Não adianta Fomos destinados a não ficar juntos Eu sei a verdade, é tarde demais
Você é perfeitamente Errada para mim E é por isso que é tão difícil ir embora
Sim, você é perfeitamente Errada para mim Todas as estrelas no céu Podem ver
— Perfectly Wrong | Shawn Mendes
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LM⇙
— É verdade que me acha um gostoso? — Pergunto, esbanjando um sorrisinho convencido.
— Ah, você é muito sem graça. — Ela revira os olhos — Minha vez. Por que me atendeu hoje? Te mandei sumir, fui grossa, maldosa, e mesmo assim você foi lá me buscar, se arriscou. Por quê?
Solto um suspiro pesado, incerto da melhor forma de falar que esperei por tempo demais pela ligação dela, e fiquei decepcionado quando pensei que essa ligação não chegaria. Não tem forma certa de dizer isso sem baixar a guarda e ir contra tudo que prometi a mim mesmo anos atrás, depois da morte dos meus pais: Não se envolver com pessoas que podem virar meu ponto fraco. Não é pensando em mim, e sim nelas. Me esforço o tempo todo pra não virar um egoísta e colocar a vida delas em risco só por causa das minhas emoções.
Mas essa garota tá acabando com tudo.
— Por que não atenderia? — Rebato, simplesmente.
— Isso não é resposta.
— É a minha resposta. — Acabo sedo groso, sem querer. — Minha vez. Por que me mandou sumir?
Os ombros dela tencionam, vejo daqui sua hesitação e sua expressão se transformar dura como uma pedra e seus olhos desviarem para a parede atrás de nós. Já percebi que é isso que ela faz quando tá nervosa, não consegue me encarar.
— Eu passo.
— Isso não vale.
— Quem deu a ideia do jogo fui eu. Ou seja, minhas regras. — Sarah arruma a barra do vestido pra baixo, enquanto resmunga. Meus olhos acompanham cada movimento seu naquele vestidinho colado — Minha vez...
— Se não responder, não jogo mais. — Cruzo os braços como uma criança mimada.
— Ah Meu Deus. — Bufa — Mandei você sumir porque queria que você sumisse.
— E eu deveria acreditar nisso? — Levanto as sobrancelhas. Mais uma vez, ela desvia os olhos.
— Esquece, não quero mais jogar. — Se irrita, e levanta do sofá, se afastando.
