Talita pov:
Eu acordei com a sensação de hoje seria um dos melhores dias da minha vida. Porém eu sempre erro mas minhas expectativas e não sabia que no final do dia estaria com o meu orgulho ferido. Posso dizer em voz alta: medo.
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Pela manhã eu planejava acordar e visitar minha amiga Anna já que ela me disse que :
" estou te esperando por aqui logo
De manhã já que não consigo me conter e lhe dar essa notícia, venha logo!Anna. "
Posso dizer que minha ansiedade gritava que deveria ir já, mesmo que passasse das 11 da noite.
Havia um monte de coisa que queria contar a ela, e estava cada vez mais ansiosa por isso.
Eu até cheguei a sair de casa, porém esperei e fui ver como tia Angeles estava e voltei para casa em seguida.
Não fazia ideia do que se tratava e fui dormir . Pela manhã me arrumei com um vestido simples azul celeste mesmo sendo uma cor sem valor na época eu amava esse ton.
Chegando na rua da minha amiga Anna fui até lá e abordada por cintia que já me recebia com um abraço apertado.
- Talita, amigaa. - Anna me abraçou fraco.
- nunca mais me mande cartas daquela maneira não sabe a ansiedade que me dá. - ela ri.
- venha, senta aqui- me puxou para o sofá. - se prepara para a notícia....
- fale logo está me matando.
- estou GRÁVIDA- eu e ela gritamos de emoção e eu a abracei forte.
- parabéns amiga que felicidade, espero que seja muito feliz, já tem nomes em mente?? Ah você quer menina ou menino? Temos muito a planejar. - ela começou a rir.
- oque foi?
- sabia que você falaria isso por isso escolhi você. - eu sorria mais que tudo nessa vida.
- então vamo começar não e mesmo. - ela continuava a rir e eu a bater Palmas como uma criança esperando um doce.
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- não não e não Talita, azul não está na moda é uma cor horrível. - Anna reclamava.
- mas eu gosto, tá deixa pra lá. - estamos aqui vendo cores para pintar o quarto do bebê.
- senhora, aqui está as revistas de hoje. - deixou cintia na mesa.
- obrigada.
- vejamos.... dourado é lindo Anna. - Anna pensou é por fim disse.
- é sim uma cor linda, vamos ver esses modelos de carrinho. - pegou uma revista é eu peguei outra.
Sem querer acabei deixando cair a revista de baixo, quando peguei eu vi algo que não acreditei.
- ele é lindo não? - falou Anna ao meu lado.
- quem é esse homem? - disse ainda boquiaberta.
- é o príncipe Charles, o herdeiro do trono. - a ficha caiu pra mim, era uma foto de Charles com liya , abraçados posando para a câmera.
- meu Deus que cara é essa Talita parece que viu um fantasma. - anna disse folheando as páginas da sua revista.
- lembra o homem que eu disse estar me envolvendo? - ele me olhou é logo percebeu.
- não, como ele pode? - eu não chorava mas meu coração estava afogado em lágrimas.
- cansei de ser enganada . Vamos continuar eu vou dar um jeito nisso. - assim eu continuei até umas horas da tarde é
Assim que me despedir da minha amiga fui em direção ao palácio, e desde que eu entrei aqui me lembro de ter simpatizado com os guardas.
Então eu entro sem ao menos ter que me apresentar e passar por uma sessão de investigação como no primeiro dia.Quando avisto liya caminhando em minha direção com um olhar confuso.
Fiquei brava por me lembrar que ela havia me escondido a identidade do Charles, será que sabia que estávamos envolvidos?– oi tali porque chegou tão.... – passei reto por ela e fui em direção aos jardins onde Charles andava pensativo.
– olá queri.... – coloquei a mão na frente impedindo ele de dizer qualquer coisa.
Quando avistou liya por trás me encarou analisando.
– então é isso , príncipe Charles. – disse pausadamente. E vi que agora éramos só nós dois ali. – porque? Me fez acreditar em você, pior ainda me.... Apaixonar por você.
– Talita me perdoe eu.. Eu ia te contar é só que... – o interrompo.
–não, você queria brincar com uma qualquer não é? Queria um desafio e ai me escolheu. Porque eu era difícil e não via você como um homem atraente o suficiente, usou da minha desinformação. Vo-você.. Me usou. – disse a última parte aos sussurros. As lágrimas já caiam.
– Talita não, eu amo você, amo demais para poder querer te fazer tão mal. – diz com convicção e pega a minha mão.
– você mentiu para uma simples mulher, pobre e trabalhadora. – tirei minhas mãos, – que ótimo rei nós teremos não é mesmo.
Me virei par ir embora mas fui interrompida pelo homem que havia me enganado como uma criança. Ele faz uma coisa inesperada talvez a última vez.
Ele me deu um beijo, mas não calmo e nem prazeroso , mas um beijo como se estivesse tentando me convencer, eu não correspondi. Me separei dele o empurrei dando lhe um tapa da cara.– nunca, ouviu nunca mais e espero que lembre desse nosso último beijo e que foi o beijo mais humilhante da minha vida. – me olhou no fundo dos olhos como se tentasse decifrar uma resposta contrária de não. Mas não havia volta. – pode me mandar prender, porque seria menos doloroso para mim nunca mais ver o sol, do que ver você novamente, nunca mais você vai me ver, espere por isso. – dei as costas para ele e não fui impedida , queria que ele me parasse e tentasse me convencer novamente, mas não, nada, estava feito.
No caminho encontrei com liya andando em círculos preocupada suponho.
– você sabia não é? Sabia de tudo e mesmo assim, me enganou. – ela negou com a cabeça lacrimejando. – eu confiei em você, te vi e fui como uma confidente, te apresentei minha irmã e você, perdão, – corrigi meu erro- a Alteza, me apunhalou pelas costas e me enganou.
– e é por isso que não quero entra neste lugar nunca mais, espero que guardas me prendam não esperaria menos de vocês.
Mas mesmo assim, lhes desejo a sua felicidade já que não posso desejar o mal algum a pessoas como vocês. E já que não consegui a minha felicidade vou tentar a sorte .Me retirei do local quase que imediatamente, será que tudo isso podia piorar, todas as mentiras e escapes, tudo que me foi enganado, poderia até duvidar se onde Moro é uma farsa agora. Não tenho dúvidas de nada,
Ao chegar na porta de casa toda encharcada pelo temporal lá fora deixo minhas lágrimas irem junto com a chuva.
Assim que me aproximo da porta vejo a porta aberta como se fosse arrombada, adentrando a casa vejo tudo na escuridão. Grito por minha mãe ou qualquer alma viva, mas não ouço nada.
Vou até a sala da lareira onde muitas vezes já nos reunimos, e vejo uma única chama acessa.
– olá minha querida filha. – ouço como se fosse um barulho ensurdecedor de uma voz que jamais imaginei ouvir novamente. Assim que me viro me deparo com uma pessoa sentada na poltrona da saleta.
– pai?

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Da Periferia À Corte
RomanceTalita é uma jovem que nasceu com responsabilidades, não pode viver sua infância muito bem já que seu pai abandonou todo mundo. Ela se apaixona por um príncipe que lhe trará paz e conflitos em se deixar amar.