9. contra a mar(é)

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Giovanna olhava para ele sem acreditar que estavam mesmo fazendo isso. Principalmente ali.

— Eu gosto do Alexandre de verdade. — Ela murmurou, já sabendo que ele odiava se vender, vencer seus conceitos e o real Alexandre para a indústria. Mas sabia também que ele amava o que fazia, e iria fazê-lo mesmo que assim fosse o único modo.

Sentiu o nariz dele se roçando ao dela. Alexandre encostou a testa na de Giovanna, deslizando a mão por seu pescoço. Apertou ali, roubando um beijo dos lábios daquela mulher maravilhosa que agora estava debaixo dele.

Ela soltou um gemido quando o sentiu indo mais fundo.

— É por isso que eu sou louco por você, Giovanna. — Ele admitiu, num sussurro.

Ela se segurava nos braços dele com força.
Ele sentia seu corpo se consumir por chamas. Giovanna parecia estar um tempo sem sexo, porque seu corpo estava extremamente sensível. Qualquer toque dele, e ela se derretia por completo. Ele notou isso. Fez questão, então, de fazer bem feito.

A fez enlaçar as pernas em sua cintura com mais força, chegando o mais fundo que conseguia. Não parava de beijar aquela mulher de língua. Ela tinha o melhor beijo do mundo, e isso fazia com que ele ficasse cada vez mais excitado. O beijo dela era maluquice. Tudo sobre ela era absurdo. Ela era feita na medida correta para Alexandre, e ele sabia disso.

Se surpreendeu, no entanto, ao assistir aquela mulher tendo orgasmos múltiplos em sua frente. Ficou viciado como um drogado que olhava para a droga como se fosse tudo para ele no mundo. Era essa a sensação que tinha ao fazer Giovanna gemer, se arrepiar e gozar para ele. Queria mais, o tempo todo mais. Só se divertiu de verdade quando a escutou, aflita e entre sussurros, dizendo que não aguentava mais.

Mas cada célula do corpo dela gritava de prazer, e ele tinha que tapar sua boca para que ninguém ouvisse os gemidos dali de fora.

Os ouvidos dela se apuraram quando percebeu que ele estava para gozar. A expressão de Alexandre tinha endurecido, ele estava sério. Franzia o cenho, aproveitando a frenesi daquela sensação deliciosa.

— Na minha boca. — Ela implorou num sussurro, e ele não teve como não obedecer.

Saiu de dentro dela, se colocando ao lado da mulher, enquanto se tocava tentando manter o prazer para gozar na boca dela. Giovanna olhava para o pau dele do mesmo jeito que ele olhava ela, e isso era delicioso. O tesão em comum, a vontade absurda em comum. Era bom desejar e se sentir desejado no mesmo nível.

Quando ela o pegou com a boca, desesperada por seu gosto, querendo que Alexandre gozasse em sua boca..

Ele não se reprimiu. Não ficou preocupado com o quão rápido seria assim que ela colocou a boca nele. Foda-se. Estava ansiando tanto por aquele momento.

Segurou na cabeça dela, fazendo os últimos movimentos de vai e vem pra dentro de sua boca.

Assistiu o sorriso safado que surgiu em seus lábios assim que gozou, e notou a mulher engolindo enquanto continuava chupando ele com vontade, até que ele terminasse.

Quando se afastaram, ambos ofegantes, eles se olharam e riram juntos. Era loucura.

— Alexandre, precisamos continuar! — Bateram na porta, aflitos.

— Me dá três minutinhos. — Ele falou alto.

Ambos corriam com suas roupas jogadas por aqui e por ali. Se vestiram rápido, ainda ofegantes. Trocaram um beijo no meio do caminho e riram um pro outro.

— Doido. — Ela sussurrou.

— Deliciosa. — Alexandre rebateu, abraçando a cintura dela, a beijando na sequência. — Tudo com você é delicioso, Giovanna. Por favor, não me faça ter que bater na sua porta da próxima vez. — Ele pediu.

— Próxima vez? — Ela se surpreendeu.

— Não me diz que não sentiu como é certo quando tá comigo. — Alexandre brincou. — Vai dizer que não quer mais? Nenhum pouco?

— Talvez um pouco. — Ela fez charme.

— Um pouco assim? — Alexandre mostrou o dedo indicador e o polegar para ela, medindo um "pouco".

— Um pouco menos que isso.

— Assim? — Ele diminuiu a distância dos dedos.

— Isso. — Ela brincou, flertando.

Alexandre a olhou, sério. Mordeu o lábio inferior, já completamente perdido e apaixonado por aquela mulher que estava a sua frente.

— Já é suficiente pra eu nunca mais te deixar em paz. — Ele sussurrou, beijando ela, segurando seu rosto com ambas as mãos.

Quando Alexandre notou que já estava com o corpo pronto para mais, e que não poderia ter mais, não naquele momento, se afastou dando uma risada tímida.

Nenhuma mulher tinha feito isso com ele antes.

— Vou gravar um álbum. E você vai almoçar comigo. E eu não aceito "não" de você mais. — Ele apontou para ela, mandão.

Giovanna mordeu o lábio inferior e cruzou os braços, desistindo de lutar contra aquilo.

— Como você quiser, senhor Nero.

Ele a encarou, bravo de mentirinha. Sabia que ela o estava provocando propositalmente, e a faria pagar por isso, depois.

Chamou o pessoal para dentro quando estavam prontos e ambos tentaram disfarçar o fato de que estavam perdidos um no outro. Alexandre pediu para olhar para ela enquanto gravava, e portanto Giovanna ficou dentro da cabine com ele em algumas músicas.

Na hora do almoço, foram discretos. Não queriam ser vistos, muito menos fotografados. Mas davam seu jeito. Alexandre tinha muitos amigos, e muitas estratégias para ter um pouco de privacidade mesmo que em lugares públicos. Foi assim que tiveram um jantar romântico a dois maravilhoso em um dos melhores restaurantes da cidade. Uma garrafa de vinho era companhia dos dois, e eles mal se lembravam que estavam lá para comer, tão presos na conversa um do outro, nos olhos um do outro.

Giovanna tentou ir embora, e tentou se fazer de difícil mais uma vez. No momento seguinte, estava dormindo abraçada com o cantor naquele quarto de hotel, e não havia nada que ela pudesse fazer a respeito.

Não iria e não queria nadar contra a maré.

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