Joker • PJM+JJK

5. tempo curto

Run, boy, Run
They're trying to catch you
— Run Boy Run, Woodkid

🃏

09.07.2023
00:34

Ele tinha 12 anos de idade quando Jimin foi trazido por Yejun. O garoto magro, sujo e com um olhar de quem queria partir todos ao meio, não agradou de cara os irmãos mais velhos. Na época, apenas Taehyung ainda não tinha sido adotado pelo pai, o que veio a acontecer cerca de dois meses depois da chegada de Jimin.

Namjoon se lembrava claramente das palavras de seu pai dizendo que deveriam ensinar o garoto como as coisas na casa funcionavam. Todos estavam mais interessados em mostrar os brinquedos e videogames, mas ele sempre desconfiou que havia algo diferente em Jimin.

Quando se é o preferido em uma numerosa prole de filhos e entende os benefícios disso, você faz qualquer coisa para continuar sendo o preferido. Era uma questão de preservação e até um pouco de ambição.

Havia um trono e, até aquele momento, cinco herdeiros, então Namjoon não estava interessado em fazer amizade com o mais novo fantoche adquirido pelo pai. E o sabotou, ano após ano, dia após dia. Em cada segundo da vida de Jimin desde que chegou naquela casa, Namjoon se autodeterminou seu rival.

Nunca houve amizade, preocupação ou qualquer tipo de bom sentimento que tinha em relação aos demais irmãos.

Jimin foi o responsável pelo flagra de seu pai que gerou a rejeição completa de Jin e o rebaixamento de Namjoon. Um aviso, uma foto e uma denúncia. Com isso, Park Jimin conseguiu o que queria desde sempre: o favoritismo do pai.

Ele pensava com ressentimento em todas essas coisas conforme encarava o relógio na parede. Jimin provavelmente já estava sendo levado a delegacia e isso era um alívio e lhe fazia sentir no controle da situação.

Não foi difícil e ele nem mesmo precisou de Yoongi para pegar as imagens das câmeras de segurança e cortar para que aparecesse apenas as imagens de Jimin manipulando a cena do crime.

Havia uma taça sobre a mesinha ao lado da poltrona com o melhor vinho branco da adega do pai. Ele sentia o corpo vibrar e se arrepiar enquanto os lábios quentes e suaves distribuía beijos em seu pescoço com voracidade.

Olhou para o retrato na parede da biblioteca enquanto o homem em seu colo movia o quadril com toda luxúria e lascívia. Nem precisavam estar despidos para que aquilo os levasse a sentir um tesão descomunal.

O retrato de seu pai o olhava, como se o mesmo o estivesse condenando em silêncio.

Namjoon sorriu.

“Vou foder com meu irmão por toda a casa, papai”, ele pensou. “Você não pode voltar do inferno e nos repreender”.

Jin se afastou e o olhou nos olhos. A luz baixa vindo da lareira, tornava o irmão algo semelhante à maçã do Éden. Proibido e saboroso.

O ator franziu a testa. A aliança reluzia em seu dedo, mas ele pouco ligava se sua esposa estava em casa o esperando enquanto ele visitava seu “irmão” para aliviar a tensão dos últimos dias.

— Você está olhando o quadro do nosso pai enquanto a gente transa? — perguntou ele, ofendido.

Namjoon bufou e o olhou.

— Você também não se sente bem em saber que podemos fazer isso até no escritório daquele velhote e não vai acontecer nada? — perguntou Namjoon — Era meu pai, mas… a morte dele foi uma benção. A casa é nossa, podemos fazer o que quisermos agora.