14. quase da família

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Vamos, eu sei que você quer
Lobos, não conseguimos parar de caçar
Vamos, eu sei que você quer
Caos, somos tão catastróficos
- Chk Chk Boom, Stray Kids

🃏

17.07.2023
04:35

Taehyung sabia que a aquela altura, tinha duas alternativas muito específicas.

Ele via a própria vida como um tabuleiro de xadrez, cada mísera peça poderia fazer uma imensa diferença no resultado final, então ele não tinha espaço para erros de julgamento ou falhas de estratégia. Seu jogo precisava ser limpo e muito calculado.

A lealdade dentro da família era questionada todos os dias, no entanto, as coisas estavam se afunilando e colocando todos eles em uma posição onde precisavam sobreviver juntos ou morrer juntos.

Jennie era sua carta na manga e ao mesmo tempo o que poderia acabar com seu jogo. Estava confiando cegamente em uma mulher que podia esfaqueá-lo pelas costas a qualquer momento, mas nada parecia pior do que ter seus irmãos o acusando de trabalhar com o inimigo.

Na corda bamba.

Ele estava com pouco tempo para pensar.

- Ele vai sobreviver - disse Tae, ajustando a dosagem do medicamento e se abaixando para analisar o homem completamente acorrentado a cadeira. Kaito estava desacordado, a boca amordaçada e completamente imobilizado pelos nós fortes de Jieun. - Sugiro que arranquem informações dele mais tarde, deixem ele se recuperar.

- Vou dizer para Jieun ligar para a família dela e falar que estamos com ele - Hoseok falou, seu olhar analisava cada mísero movimento de Taehyung, como um gato à espreita, esperando o rato sair do buraco. - Ela queria mandar a mão dele em uma caixa com um bilhete, mas não temos tempo pra joguinhos de máfia.

- Nós somos da máfia. Qualquer joguinho é joguinho de máfia pra gente - retrucou Tae.

- Mas eu prefiro o joguinho que me mandem vivo - Jung rebateu. - A Yakuza vai baixar a bola depois dessa, mas ainda temos esse maldito Coringa fodendo com a gente sem nem sabermos o motivo.

- Temos que assumir as rédeas antes que as quatro façam isso. Me preocupo mais com a Lisa e as outras do que com o Coringa - disse Tae. - Lidamos com a porra do palhaço depois.

- Eu investiguei o nosso pai. - Hoseok cruzou os braços e encostou-se preguiçosamente em uma mesa no canto daquele porão empoeirado. - Falei com alguns homens que trabalham pra ele há anos e me disseram que tinha um cara responsável por nos encontrar. Era ele quem avisava quando uma amante do nosso pai engravidava pra ele nos buscar. Ele vai conseguir chegar a esse suposto filho bastardo em algum momento.

- Tinha um funcionário responsável pela logística dos bastardos? - Tae se abaixou e olhou para dentro da bolsa, certificando que tinha juntado todos os pertences. - Nada mais me surpreende no papai.

- Estou investigando. Não podemos deixar passar o que aconteceu com o Jimin - Hoseok respondeu. - Tem muitos dos nossos mudando de lado. Temos que matar alguns para deixar de recado.

- Temos que matar aquele detetive com quem o Jimin está trepando, isso sim - Tae fechou a bolsa e se levantou. O jaleco branco sujo de sangue não fez com que suas roupas ficassem intactas. Hoseok olhou nos olhos dele e esperou que Tae justificasse. - Não confio nele.

- Nem eu. Mas algum de nós já conseguiu tocar em alguém que o Jimin protege? - Hoseok ergueu uma sobrancelha. - Deixa ele enjoar do detetive, inventamos algo contra ele e o próprio Jimin acaba com ele. Tenha calma.

Joker • PJM+JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora