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Era estranho, Emma pensava. Não muito tempo atrás, era apenas uma mulher que não podia ter filhos, algo que ela havia, de certa forma, aceitado como seu destino amargo. Recordava-se da infância, daqueles três breves anos em que foi verdadeiramente uma criança, antes de voltar a Sala Vermelha e tudo o que ela traria.
Lembrava-se das bonecas de brinquedo e de como, inocentemente, dizia à sua mãe, Melina, que seria mãe um dia. Prometia que teria ao menos dois filhos, para que nunca ficassem sozinhos, assim como ela não se sentia só, pois tinha Natasha e Yelena ao seu lado.
Emma soltou uma risada amarga. Aquelas lembranças agora eram dolorosas. A Emma de onze anos jamais poderia imaginar os horrores que enfrentaria, nem a mulher que se tornaria aos quarenta e três anos. Talvez, se soubesse o que o futuro lhe reservava, teria entrado em desespero, ou rido, achando ser uma piada cruel do destino. No entanto, a Emma de hoje desejava que tudo não passasse de uma brincadeira de mau gosto.
Ela fechou os olhos, deslizando a mão suavemente sobre sua barriga. Sentia a perda de momentos preciosos da maternidade, como a descoberta da gravidez, a gestação e o parto, que, embora doloroso, era uma consequência natural de querer ser mãe. Mais do que isso, lamentava nunca ter experimentado a emoção de segurar nos braços o fruto de seu amor com Bucky, de acompanhar as primeiras palavras, os primeiros passos... Tudo o que jamais poderia ser recuperado.
— Isso com certeza vai virar tema na terapia quando tudo isso acabar... — Emma sussurrou para si mesma, soltando uma risada amarga que logo se dissipou no silêncio do quarto. Ela se sentou na beira da cama, sentindo o peso das emoções que carregava, e então se deitou, deixando seu corpo afundar no colchão. Seus olhos se fixaram no teto, mas sua mente já começava a vagar para uma lembrança distante, uma daquelas memórias que aparecem de repente, sem aviso.
Flashback...
— E se adotássemos? — A voz de Bucky quebrou o silêncio da noite, suave e hesitante.
Eles estavam deitados na cama, os corpos nus sob o lençol branco que os cobria como uma fina camada de intimidade. A luz suave da lua filtrava-se pelas cortinas, banhando o quarto em um brilho prateado. Emma virou-se para ele, os olhos castanhos fixos nos dele, com o mesmo olhar apaixonado que sempre reservava para Bucky. Um sorriso bobo e terno surgiu em seus lábios, o tipo de sorriso que ela só tinha quando estava com ele.
Emma Barnes amava aquele homem de maneira profunda e incondicional, com uma intensidade que às vezes a surpreendia. Sabia, com a mesma certeza com que sabia respirar, que Bucky era perdidamente apaixonado por ela. Eles compartilhavam um amor raro, tão puro e verdadeiro que parecia quase irreal, algo que os tornava reféns um do outro, mas de uma forma que ambos acolhiam com alegria.
— Sabe, eu realmente quero construir uma família com você... — Emma murmurou, sua voz cheia de carinho, enquanto seus dedos deslizavam delicadamente pelo peito de Bucky. — Mas ainda acho tão injusto que o destino não me permita te dar filhos...
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Timeless² ᵇᵘᶜᵏʸ ᵇᵃʳⁿᵉˢ EM PAUSA
Fanfiction𝑻𝑰𝑴𝑬𝑳𝑬𝑺𝑺. 𝐃𝐔𝐎𝐋𝐎𝐆𝐈𝐀 '𝑫𝑬𝑺𝑻𝑰𝑵𝒀' ⧗ 𝑳𝑰𝑽𝑹𝑶 𝑫𝑶𝑰𝑺 ⧗ Em meio a novas ameaças e desafios, Emma e Bucky se veem obrigados a confrontar seus próprios demônios internos, enquanto lutam para preservar o amor e a confiança que compa...