19| Multiverso Aranha

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— Como você está, Emma? — questionou Chrstina.

Três longos meses haviam se passado desde a morte de Bucky, e para Emma, cada dia era um pesadelo sem fim. A tristeza a engolia, transformando até mesmo os momentos mais simples em lembranças dolorosas. Seu coração parecia uma ferida aberta, sempre latejante com a dor da perda.

As únicas vezes em que ela conseguia temporariamente escapar desse abismo de tristeza eram quando April Anders, sua melhor amiga de longa data, insistia em arrastá-la para fora de sua concha. April era sua âncora, a única pessoa que conseguia fazer Emma sorrir, mesmo que por um breve momento.

Era comum que April inventasse programas para elas, como noites das garotas cheias de risos e foficas, idas ao cinema para se perder nas histórias de outros mundos, ou até mesmo propostas de noitadas em baladas badaladas. No entanto, Emma sempre recusava a ideia de baladas. Seu coração estava partido demais para enfrentar as luzes pulsantes e o som ensurdecedor de uma vida noturna que antes costumava apreciar. Ela não estava pronta para encarar a perspectiva de seguir em frente, mas April estava disposta a fazer de tudo para ajudar a amiga a encontrar um vislumbre de felicidade novamente.

— Estou bem. — Emma respondeu à psicóloga, sua voz soando firme, embora seus olhos traíssem uma fragilidade oculta.

Christina estreitou os olhos na direção da mulher à sua frente. Ela entendia que Emma não estava sendo completamente sincera, mas a terapeuta estava disposta a esperar o momento certo para que a ela se abrisse.

Emma se encontrava em uma sala tranquila, aconchegante e inundada pela luz suave do final da tarde. Christina estava sentada diante dela, as pernas cruzadas e um caderno e caneta em suas mãos.

Emma não estava bem, e a prova disso era a frequência crescente de suas sessões com a psicóloga. Desde a morte de Bucky, esses encontros passaram de duas vezes por semana para quatro. Era como se ela estivesse presa em uma tempestade emocional que não dava trégua.

No entanto, o pesadelo que mais a atormentava era a lembrança da Matrona e de sua dolorosa infância na Sala Vermelha. Essas memórias continuavam a assombrá-la nos recônditos de sua mente, transformando suas noites em um campo de batalha de lembranças indesejadas.

E então, havia Bucky. Ela não sonhava com ele; tinha pesadelos. Era sempre o mesmo sonho, uma repetição incansável de uma noite fatídica que não conseguia esquecer.

A cena assombradora se repetia incessantemente nos pesadelos de Emma. Bucky, preso no meio de uma explosão, estendia a mão em desespero, seus olhos cheios de pânico. Ela via as chamas devorarem tudo ao redor dele, sentindo o calor intenso e o som ensurdecedor da destruição.

E então, como um eco sombrio, Bucky aparecia na frente dela, seus olhos agora cheios de acusação. "Você foi a culpada da minha morte," ele sussurrava, sua voz uma mistura de mágoa e revolta. As palavras reverberavam em sua mente, atormentando-a como um fantasma.

Timeless² ᵇᵘᶜᵏʸ ᵇᵃʳⁿᵉˢ EM PAUSAOnde histórias criam vida. Descubra agora