Capítulo 12 ☑️

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Dallas

Acordo com o celular do Jimin tocando, mas não abro os olhos.
— Quem é? — Ele pergunta sonolento. — Loira? — Ele parece surpreso.

Consigo ouvir ela falando seu nome. Loira é sua ex-namorada. Jimin levanta da cama num pulo e caminha até a varanda. Ele começa a sussurrar, mas consigo escutar um pouco.
— Por que está ligando para mim? — Ele pergunta, e eu abro um pouco os olhos. Ao contrário da expressão que imaginei, ele não estava bravo, ele parecia... chateado? Ela ainda mexia com ele? — Eu não quero me encontrar com você, loira, e não se atreva a aparecer na minha casa. — Ele diz, tentando ficar bravo, mas numa tentativa falha. — Já chega, eu estou ocupado, ok? Não é da sua conta se eu estou com alguém ou não! — Ele diz, e eu abro completamente os olhos, o observando.

Ele bufa irritado e soca a parede, me assustando, e seus olhos cruzam com os meus.
— Desculpa, docinho, acordei você? — Pergunta, se aproximando e depositando um beijo em meus lábios.
— Você está bem? — Pergunto, e ele força um sorriso.
— Sim, só estava falando com meu irmão — ele mente, e eu arqueio a sobrancelha.

Ele está mesmo mentindo para mim? Homens são todos iguais mesmo.
— Jimin, não estamos namorando e não temos nada sério. Não estou nem aí se você estava falando com sua ex — falo, irritada por ele tentar mentir.
— Desculpa... docinho — ele passa as mãos pelo cabelo e suspira — só não quero falar sobre ela. — Ele diz e beija minha testa. — Volta a dormir, eu vou fazer o café. — Ele diz sem esperar uma resposta minha e se levanta da cama.

Ele sai do quarto, e eu fico com raiva. Por que todos os homens são assim? Mas logo minha raiva passa. Não tenho nada com Jimin, não tem por que eu ficar brava. Levanto-me com um pouco de dificuldade. Cada parte do meu corpo dói e caminho devagar até o espelho. Eu estava toda marcada. Meus pulsos, minha coxa e minha bunda estavam roxos, e todo o meu corpo dói como se um caminhão tivesse me atropelado. Vou até o banheiro, tomando um banho quente. Até a água caindo sobre meu corpo dói. Jimin acabou comigo mesmo.

Enquanto a água quente escorre pelo meu corpo, a dor vai diminuindo um pouco, mas as marcas são um lembrete constante da noite passada. Termino o banho com cuidado e me enrolo em uma toalha macia, tentando não pensar muito no que aconteceu.

Quando saio do banheiro, sinto o cheiro de café fresco vindo da cozinha.

Caminho até a cama e me jogo nela, ficando com minha bunda de fora e o rosto enfiado nas cobertas.

— Eu poderia ficar vendo essa cena por horas — Jimin fala entrando no quarto.

Abro um sorriso involuntário e ele morde minha bunda, fazendo eu gemer de dor.

— Não resisti — Ele diz, beijando minha bunda e minhas costas. — Vira... — Ele pede e eu resmungo com preguiça.

— Não vai comer? — Eu resmungo novamente e ele ri. — Se continuar nessa posição, eu vou acabar te fodendo outra vez — Ele diz, e eu me viro rapidamente.

— Deus me livre! Tô toda arregaçada, só o bagaço! Você acabou comigo.

Ele começa a rir e me entrega a bandeja com torradas, ovos e bacon, e um copo de suco de laranja.

— Vai tomar um banho e logo volta se jogando ao meu lado.

— Oi — digo suavemente, — Como você está se sentindo?

— Um pouco dolorida, mas vou sobreviver — respondo com um sorriso forçado.

Ele se vira e me dá um sorriso, embora eu possa ver que ainda está preocupado.

— Desculpa por tudo. Eu realmente não queria que as coisas fossem assim.
Só não queria fala da loira.

— Eu sei. Jimin, sobre o que aconteceu mais cedo... Eu só quero que você seja honesto comigo. Não precisa esconder nada.

O amigo proibido Where stories live. Discover now