Capítulo 37

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Jimin

Estava tão acumulado de trabalho no fim deste semestre, com a pressão do meu pai para assumir a empresa. Eu sei que o docinho ainda está brava por causa da Luana; ela tenta disfarçar, mas eu a conheço bem, até demais, e sei que ela ainda está brava.

— Para alguém desorganizado, sua cama está perfeitamente arrumada — ela responde à minha pergunta, fazendo eu segurar a risada.

Docinho me conhece muito bem, apesar de eu sempre esconder partes de mim para ela. Ela me observa tanto que faz com que eu não precise dizer nada sobre mim, ela simplesmente me conhece. Eu sei que ela está brava comigo, sei que desconfia de mim, e eu não sei como tirar as paranoias da sua cabeça.

Eu sei que sou um idiota, que pela minha reação parecia que algo estava acontecendo ou que havia acontecido, mas a verdade é que eu estava tão perdido em meus pensamentos sobre o trabalho e a pressão do meu pai que acabei parecendo culpado. Sei que preciso ganhar sua confiança novamente, e isso não vai ser fácil.

É impossível não se enrolar todo com o que fala quando tem alguém te encarando como se fosse arrancar seus órgãos. Como eu tive medo de uma garota que bate praticamente na minha cintura? A garota parece um pinscher raivoso.

— Esse cheiro está muito bom — falo ao sentir o aroma invadir meu território.

— Espera um pouco, ainda não acabei — ela diz tampando a panela. Ela se aproxima e senta ao meu lado, colocando as pernas em cima do sofá. Sua calcinha aparece e eu mordo o lábio a observando. Começo a sentir aquele arrepio no corpo, eu estava prestes a agarrá-la, até que ela nota a forma como eu estava a olhando.

— Hey! Nada disso! Pode voltar para o trabalho! — ela exige enquanto me empurra levemente.

— Eu preciso de motivação... — resmungo, e ela ri.

— Quer motivação? Acaba isso, e aí sim você vai poder fazer o que quiser — ela diz, e eu bufo frustrado.

— Sério isso? — pergunto indignado, e ela ri. — Mas eu só vou acabar amanhã... — Faço cara de filhote abandonado, e ela ri ainda mais.

— Nem me olha assim. Você mesmo disse que está cheio de coisa para fazer... — ela diz, levantando-se e indo verificar a comida.

Ela desliga o fogo e começa a servir nosso almoço. Decido voltar meu foco para o trabalho; não pauso nem para comer, na verdade, faço os dois ao mesmo tempo.

Durante o dia todo, eu e a docinho trocamos poucas palavras. Eu estava tão concentrado que acabei tudo antes do esperado. A docinho ficou no quarto vendo filme e depois me ajudou com o trabalho. No fim do dia, eu estava exausto, então só fui para o banho e agora estou jantando com meu amor.

— Imaginei que, assim que eu terminasse tudo, iria querer te foder inteira. Na real, eu até quero, mas acho que não tenho forças para isso — admito, e a docinho ri.

— Que tal a gente apenas descansar? E amanhã a gente faz o que sente vontade... — ela diz, e eu dou um sorriso de canto.

— Filmezinho e cafuné? — pergunto, e ela sorri animada.

— Claro! — ela topa de primeira, e assim que acabamos de jantar, vamos para o quarto enquanto escolhemos um filme.

O amigo proibido Onde histórias criam vida. Descubra agora